Aeronáutica Edvaldo Silva Rodrigues Junior, que confessou ter estuprado pelo menos dez mulheres nos últimos dois meses em bairros da Zona Norte e do subúrbio do Rio. Nesta quarta-feira, o delegado titular da 25ª DP (Engenho Novo), Antenor Lopes Martins Junior, vai encaminhar um ofício à polícia do Maranhão com a foto do estuprador. “Ele já serviu como sargento da Aeronáutica lá no Maranhão e pode ter feito vítimas lá”, justificou o delegado, destacando que é fundamental que as vítimas procurem a polícia para denunciar outras ações de Edvaldo.
– Nesse tipo de crime muitas pessoas têm vergonha de procurar a polícia. Mas isso é fundamental que isso aconteça para que ele seja responsabilizado – afirmou. Na decisão da Justiça, o juiz Rafael Estrela, da 35ª Vara Criminal, relatou a própria confissão do sargento. “O acusado descreveu minimamente a dinâmica dos fatos, o que retrata sua personalidade inclinada à prática de delitos contra a liberdade sexual”.
De acordo com informações do portal G1, o juiz acrescenta que casos como este tem chocado a opinião pública. “Ações delituosas como estas estão assustando a sociedade, encontrando-se todos, à espera de uma pronta intervenção do Poder Judiciário, mesmo que de natureza ainda provisória, deve ser decretada a prisão do acusado para a garantia da ordem pública, da aplicação da lei penal e elucidação dos fatos”.
Segundo o delegado, com o passar do tempo o estuprador começou a demonstrar maior frieza e crueldade durante os ataques. “Primeiro ele se masturbava na frente das mulheres, depois chamava, depois passou a agarrá-las e fazer sexo oral. Nos primeiros estupros ele não usava violência, depois começava a bater. Ele foi mostrando comportamento cada vez mais agressivo”.
Ainda de acordo com a polícia, o sargento sempre escolhia o mesmo perfil de vítimas. Na maioria das vezes eram mulheres bonitas e jovens, muitas, inclusive, menores de idade. O militar costumava atacar as vítimas pela manhã, antes de ir para o trabalho. No entanto, como no mês de novembro ele estava de férias, o número de vítimas cresceu. “Ele ia deixar a mulher no trabalho ou no ponto de ônibus e cometia os estupros na volta”, disse o delegado.
Fonte: Correio do Brasil