Legalização dos jogos e cassinos: Sou a favor!

por Sérgio Martins para o Portal Geledés

Na minha família fomos criados bem distantes de todas as formas de jogos de azar, sequer podíamos pegar uma carta de baralho nas mãos, que erámos repreendidos sob a lembrança da trajetória do meu avô que apostou e perdeu por três vezes suas casas, impondo certo desconforto à família. Permaneço sem proximidade aos jogos, porém é necessário abrirmos um debate sobre a legalização dos jogos e cassinos no Brasil.

Já não são mais suficientes argumentos de que a legalização dos jogos e cassinos trará prejuízos para sociedade, pelo contrário, temos que examinar o impacto na criação de postos de trabalho diretos e indiretos, principalmente na área de turismo. Além disso, estaríamos reduzindo bastante o fluxo de inferência de caráter corruptivo nos órgãos de segurança pública, com a legalização.

Os últimos episódios envolvendo a prisão de alguns dos “chefes do jogo de bicho” no Rio de Janeiro foi hilário, com ordem de prisão em flagrante revogadas e restabelecidas no mesmo tribunal, grande quantidade de dinheiro sem origem declarada e diversos funcionários públicos envolvidos. Dizem que cerca de 40% da arrecadação do “jogo de bicho” são direcionadas ao pagamento de proteção legal e políticos.

Ora, o Brasil, tem se construindo como um grande potencial econômico mundial, neste sentido, seremos obrigados a superar determinados impasses na sociedade brasileira. Entre eles, estes setores, que trazem uma forte cultura de submundo criminoso, porém acumulam uma grande circulação de riquezas.

A regulação da liberdade à exploração dos cassinos e jogos é uma tarefa de um parlamento secular, cuja função é preparar uma legislação enxuta nos aspectos tributários e auditáveis, garantindo a maior transparência possível dos resultados e equipamentos utilizados.Após a promulgação da lei a tarefa de fiscalização poderia ser desempenhada por uma agência nacional de regulação.

No que diz respeito, a fragilidade da natureza humana frente aos jogos de azar, tenho uma amiga muito bem sucedida, e uma grande profissional na área de psicologia, que não abre mão de umas boas partidas de bingo no final de semana, já fui convidado várias vezes, mas continuo tendo aversão aos jogos.

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