Livro conta universo de atrizes do Bando de Teatro do Olodum

Por: Sérgio Maggio

 

Quem assiste à novela Gabriela nem imagina a capacidade cênica de Rejane Maia, que faz uma participação singela como a empregada Zulmira, que, quando aparece, vive a choramingar diante do destino dramático da prostituta Lindinalva (Giovanna Lancellotti). Atriz formada no Bando de Teatro Olodum, ela já calou plateias só com um número silencioso de dança. Com movimentos de inspiração afro, bailou inesquecivelmente como uma orixá. Da participação subaproveitada na teledramaturgia, torna-se uma das protagonistas poderosas do livro Guerreiras do Cabaré, do escritor e jornalista baiano Marcos Uzel, que durante um ano mergulhou no universo feminino do mais importante grupo de intérpretes negros em atividade no Brasil.

O resultado é um importante registro sobre a força da mulher negra no coletivo de teatro politizado, a partir da montagem Cabaré da raça, que esteve em Brasília por diversas vezes. Em uma das cenas da peça, Rejane Maia diz: “Sou mulher e sou negra”, num posicionamento compartilhado, como slogan, por todas as outras atrizes do Bando de Teatro Olodum.

 

 

Fonte: Correio Braziliense 

 

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