O ex-presidente Lula abriu na manhã de hoje o seminário com intelectuais latino-americanos organizado em São Paulo pelo Instituto Lula. “Este é o século da América Latina e da África”, disse ele, otimista, a respeito do quadro político e econômico dos dois continentes. A manifestação foi transmitida aos jornalistas pelo ex-ministro Luiz Dulci, diretor do Instituto. O próprio Lula, a exemplo do que tem feito nas últimas semanas, se recusou a atender os pedidos de entrevista da mídia.
Para Lula, de acordo com a versão de Dulci, nunca houve tanto desenvolvimento econômico e social na Améria Latina como agora. Ele lembrou que os países da região viam os Estados Unidos e a Europa como parceiros preferenciais e ficavam “de costas uns para os outros” pois não acreditavam que pudesse ser uma relação frutífera. Lula defendeu a criação de “mecanismos efetivos para promover a integração”. Um desses mecanismos é o Banco Sul, de fomento para obras de infraestrutura.
Lula disse aos participantes que a vontade dos políticos da América Latina em avançar nas discussões sobre a integração não tem sido acompanhada por ações políticas da mesma força. “Queremos aprender com vocês, saber o que vocês estão pensando esse tema na academia (…) para que sejam criados instrumentos para avançar na integração”.
Com convites oficiais para visitar “todos, sem exceção” países da América Latina, segundo Dulci, Lula tem uma agenda internacional intensa nas próximas semanas. Ele estará em Cuba no final do mês, para as comemorações dos 160 de nascimento de José Martí. Em seguida, irá à Etiópia. Segundo Dulci, o ex-presidente não tem informações sobre o estado de saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. “Se for possível, quando estiver em Cuba, Lula certamente levará sua solidariedade a ele, mas ainda não sabemos”. O ex-presidente estará com Fidel Castro? “Muito provavelmente”, respondeu o ex-ministro.
Ouça, no áudio abaixo, trecho da fala do ex-presidente publicado no site do Instituto Lula:
Fonte: 247 Brasil