O movimento foi criado em 2000 para homenagear a líder sindical Margarida Maria Alves, paraibana morta em 1983 após denunciar na justiça usineiros e senhores de engenho
A 4ª edição da Marcha das Margaridas, ocorrida na manhã desta quarta-feira (17/08), em Brasília, reuniu cerca de 100 mil mulheres, e teve o apoio de representantes do Amazonas.
Composta por movimentos feministas de todo o país, as manifestantes, que cobram a implementação de políticas públicas que garantam os direitos da mulher – em especial das trabalhadoras rurais e mulheres da floresta – tiveram um encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT), que garantiu ter atendido parte da pauta reivindicatória com 158 itens, entregue em julho deste ano a ela, e prometeu continuar o diálogo com o movimento.
O ato, promovido pela Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), produziu uma pauta que será utilizada como plataforma para as discussões junto ao governo federal. Entre as reivindicações, estão temas relacionados à violência contra a mulher, direitos sexuais e reprodutivos, violência sexista, biodiversidade, saúde e educação.
A Marcha foi iniciada às 7h com uma caminhada, que terminou ao meio dia, em frente ao Congresso Nacional. O movimento tem como lema o desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade e foi criado para homenagear a líder sindical Margarida Maria Alves, paraibana que lutou pela reforma agrária e foi morta, em 1983, após dar início a ações contra usineiros e senhores de engenho.
Segundo a presidente do Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia (Mama), Socorro Prado, uma das representantes do Amazonas na marcha, participaram da caminhada e da audiência com a presidente mulheres de todo o País.
Ela lembrou que apoiaram a causa e participaram da caminhada a senadora pelo Amazonas Vanessa Grazziotin (PCdoB), Luiza Erundina (PSB-SP), al´[em de artistas como a atriz Letícia Sabatela.
Na audiência com a presidente Dilma Rousseff, no Parque das Cidades, participaram do debate, ainda, as ministras da Casa Civil Gleise Hoffmann, de Direitos Humanos Maria do Rosário, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, da Cultura Ana de Hollanda e o ministro do Desenvolvimento Agrário Afonso Florence.
Dilma respondeu às reivindicações em uma carta entregue à Secretária de mulheres da Contag, Carmen Foro, e afirmou que a maior vitória do movimento foi estabelecer um diálogo com o governo federal.
Fonte: a Crítica