Denis Goldberg – que, a convite de Graça Machel, mulher de Mandela, visitou hoje, no hospital, o seu camarada de luta contra o apartheid – confirmou à agência AFP que a questão de desligar a máquina foi abordada pelos médicos.
Porém, “não consideram essa opção, a não ser em caso de real colapso dos órgãos”, adiantou. “Como tal ainda não aconteceu, estão prontos para o assistir tranquilamente e para o estabilizar até que se cure”, realçou.
Esta versão contraria um documento legal, datado de 26 de junho e conhecido na quinta-feira, que dava conta de que os médicos teriam aconselhado a família de Mandela a autorizar que os aparelhos que o mantêm vivo fossem desligados.
Segundo esse documento, o histórico líder sul-africano estaria em “estado vegetativo permanente” e dependente “de um aparelho de suporte de vida para respirar”.
O Governo sul-africano também desmentiu a informação contida nesse documento, entregue em tribunal no quadro de uma disputa legal familiar, reconhecendo que Mandela está em “estado crítico, mas estável”.
Prémio Nobel da Paz em 1993, Nelson Mandela, que fará 95 anos no próximo dia 18, está hospitalizado em Pretória há quatro semanas, na sequência de uma grave infeção pulmonar. Desde então, têm proliferado notícias contraditórias sobre o seu estado de saúde, tendo mesmo circulado, por algumas vezes, rumores de já teria morrido