Mostra “Rio Festival Gay de Cinema” levanta debate sobre sexualidade

Evento terá debates, oficinas e seminários paralelos às exibições.

Um evento paralelo à Copa do Mundo vai transformar o Rio de Janeiro na capital mundial do cinema gay. Começa nesta quinta-feira (3) e se estende até o próximo dia 13 a “4ª edição do Rio Festival Gay de Cinema“, mostra que conta com 103 filmes de 24 países, além de debates, palestras e oficinas que abordam a diversidade de gênero e a sexualidade por diferentes pontos de vista.

“O RioFGC foi construído com muito orgulho a partir do termo ‘gay’, o mais plural para englobar todos aqueles que se identificam com um estilo de vida moderno e que incorpora o espírito criativo da cultura jovem. ‘Gay’ aqui não é somente sexualidade – é libertação, inovação e experimentação em cinema”, afirma Alexander Mello, diretor e curador do evento.

Numa época em que o cinema nacional tem produzido elogiadas obras com a temática homossexual, como os recentes “Tatuagem” e “Praia do Futuro”, ambos estrelados por Jesuíta Barbosa (e ambos na programação), Alexander acredita que eventos como esse são muito importantes.

“A produção nacional tem crescido muito, tanto longas quanto curtas. O maior desafio dos realizadores ainda é o espaço para exibição e distribuição desses filmes. Os festivais de cinema têm sido os principais facilitadores destas estreias e exibições”, opina.

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Durante o festival vão rolar concursos internacionais de longas e curtas-metragens, que ainda contará com a presença de muitos dos diretores disponíveis para conversa após a exibição, como é o caso do jovem Fábio Audi e do seu recente sucesso “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”.

“A criação de cada edição do festival tem como base a essência do modo de vida carioca e os novos desejos da comunidade LGBT. A curadoria de filmes é o reflexo da produção nacional e estrangeira que se conecta a essa base e também, de filmes que estreiam e são premiados em outros importantes festivais internacionais de filmes no exterior”, conta.

Para todos os públicos

Com esperança de sucesso, Alexander comemora o crescimento do festival, que agora também chega a Zona Norte da cidade. “A procura pelos filmes é muito grande, com ingressos esgotados em diversas sessões. Os documentários e ficções com temas relacionados a sexualidade e gênero consegue atrair centenas de pessoas que têm interesse sobre essas questões, muitas delas fora do meio LGBT”, diz.

Fonte: Pure Break

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