Movimento negro de Niterói funda novo reduto afrocultural de Niterói
por Ricardo Rigel no Extra
Idealizado pelos amigos e produtores culturais Denise Lima, de 45 anos, e Jorge Zulu, de 61, o Baobab, novo reduto afrocultural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, vai reunir um grande grupo de músicos, dançarinos e artesãos para oferecer ao público as delícias e riquezas da negritude. Os eventos vão acontecer, a partir do dia 13, em todo segundo sábado do mês, no Centro.
As festas são gratuitas e abertas ao público. No local, há tendas com quitutes e objetos artísticos à venda.
— A cultura negra é muito rica e estamos em um momento em que precisamos reafirmar esses valores. Justamente para combatermos, através da arte, esse forte preconceito — diz Zulu.
Segundo Denise Lima, em cada edição do evento, uma personalidade negra será homenageada:
— Neste sábado, vamos homenagear a maravilhosa Aída dos Santos, ex-atleta olímpica e única negra a fazer parte da delegação brasileira de atletismo, na Olimpíada de Tóquio, em 1964.
Outro convidado do evento é o cantor e compositor Da Ghama, ex-Cidade Negra que está lançando seu novo disco Baixafrikabrasil. Para Rita Diirr, subsecretária da coordenadoria Especial de |Política de Promoção da Igualdade Racial de Niterói, a iniciativa supre a carência do movimento negro da cidade:
— Estamos dando o maior apoio ao projeto que só valoriza a cultura e de certa forma une os movimentos negros de Niterói.
O espaço fica nas esquinas das ruas Visconde de Sepetiba e Marechal Deodoro, no Centro de Niterói.