Desde os 12 anos, para a estudante Bruna Caroline de Abreu, só existia uma alternativa: acalmar a personalidade dos fios encaracolados, e, por vezes rebeldes, com alisantes químicos. O limite aconteceu quando a jovem fez a já então recorrente escova progressiva. Saiu do salão, como de costume, mas teve uma surpresa pela manhã. Ao acordar, se deparou com o travesseiro manchado de sangue, consequência de uma forte reação alérgica ao procedimento.
A partir de então, decidiu assumir, de vez, os cachos. Hoje, com 26 anos, Bruna define o início da transformação capilar como uma nova fase da vida, na qual pode ser livre. O sentimento de autonomia dela corrobora com a percepção das empresárias Helena Martins e Adriana Oliveira, que perceberam que o mercado deixava a desejar quando o assunto era tratamento de cabelos crespos e cacheados. Na falta de lugares especializados, elas abriram as portas do primeiro salão voltado a esse público e se destacaram na economia brasiliense.
Há quase uma década, na esquina do Edifício Baracat, no Conic, o Cachos Brasil faz história desde então. Como o primeiro centro de beleza direcionado para cacheadas, a proprietária Adriana comenta a dificuldade que teve, naquela época, para se estabelecer no mercado. “Quando chegamos para trabalhar com o cabelo crespo, lançaram a progressiva. Então, era como um cabo de guerra, cada um puxando de um lado. Hoje, as meninas já entendem o que elas querem”, diz a dona do estabelecimento no qual todas as funcionárias trocaram a chapinha pelo cabelo natural.
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