Mulheres indígenas contam sua história em livro

Mulheres indígenas de oito etnias da região Nordeste acabam de lançar um livro que relata suas vidas, suas dificuldades, sonhos e expectativas. Intitulado “Pelas Mulheres Indígenas”, a publicação também traz informações sobre como prevenir e lidar com casos de violência conjugal

Ministério da Cultura

O livro foi desenvolvido nas oficinas de literatura ministradas pela ONG Thyndêuá, em Ilhéus (BA), dentro das ações de um projeto de formação continuada, com as mulheres indígenas, sobre seus direitos. Uma das metas desse trabalho é a formação de 16 agentes multiplicadoras de transformações sociais.

A expectativa, segundo os organizadores do projeto, é a de alcançar cerca de 8 mil mulheres indígenas e suas famílias, ao fim de um ano e meio de atividades. O projeto dispõe de um site na internet, formado pela rede multiétnica Comunidade Colaborativa de Aprendizado Pelas Mulheres Indígenas.

O trabalho contou com a participação da Rede dos Pontos de Cultura Indígenas do Nordeste e do Pontão Esperança da Terra, iniciativas apoiadas pelo Ministério da Cultura (MinC), e também com as parcerias das secretarias de Políticas Públicas para Mulheres da Presidência da República (SEPPIR/PR) e de Políticas Públicas para Mulheres do estado da Bahia.

Durante o lançamento do livro, realizado no sábado (27/9) na aldeia Itapoã, em Ilhéus, foram realizadas três rodas de conversas para mulheres, ministradas pela equipe interdisciplinar da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres do estado da Bahia, com a presença de seis escritoras indígenas.

Os povos indígenas do Nordeste que participam deste projeto da ONG Thyndêuá são: Tupinambá, Pataxó Hãhãhã, Pataxó Dois Irmãos e Pataxó Barra Velha, da Bahia; Xokó, de Sergipe; Karirixocó e Karapotó Plakiô, de Alagoas; e Pankararu, de Pernambuco.

O lançamento integrou as ações da XIV Caminhada Tupinambá em memória dos mártires do rio Cururupe, massacrados pelos colonizadores portugueses, no ano de 1559, nas margens do rio, em terras que hoje pertencem ao município baiano de Ilhéus.

 

 

Fonte: Racismo Ambiental

+ sobre o tema

Não foi boto Sinhá: a violência contra a mulher ribeirinha

Tajá-panema chorou no terreiro e a virgem morena fugiu no...

Espaço cultural em São Paulo dá espaço à mulher na sociedade

Jovem estilista dá vez e voz às mulheres na...

Documentário mostra como a mídia enxerga a mulher brasileira

Alta, magra, cabelos lisos e loiros, heterossexual e jovem:...

para lembrar

Marca do Ceará exibe criança em poses erotizadas e gera denúncias ao Conar

Após polêmica, empresa diz que foi 'mal interpretada' e...

35 passos práticos que os homens podem dar para apoiar o feminismo

Eu e a Tarsila traduzimos o texto que encontramos...

Maior doadora de leite materno do Brasil processa Danilo Gentili após piada

Conhecida por ser a maior doadora de leite humano...

Moralismo e machismo imperam em decisões judiciais que envolvem conflitos de gênero

Militante social e professora de Direito da FGV consideram...
spot_imgspot_img

Ministério da Gestão lança Observatório sobre servidores federais

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lança oficialmente. nesta terça-feira (28/3) o Observatório de Pessoal, um portal de pesquisa de...

Nova edição do Edital Igualdade de Gênero seleciona propostas que contribuam para o enfrentamento do sexismo e do racismo nas escolas

A Ação Educativa, em aliança com mais de 50 entidades comprometidas com a luta pelo direito humano à educação de qualidade, lança nesta terça-feira...

Por que é tão difícil e importante abordar sobre as designações de gênero na Educação?

As salas de aula são sempre provocativas. Ser professora ou professor é desafiador e não é necessário aqui abordar todos os motivos, mas entre...
-+=