‘Nascer negra é uma coisa libertadora, mas exaustiva’, diz Slick Woods

Enviado por / FonteUniversa

A modelo Slick Woods quer que o seu filho cresça em um mundo onde não precise passar pelas situações de discriminação que ela mesma enfrentou, dentro e fora da indústria da moda. Em ensaio para a Vogue, ela falou sobre sua experiência como mulher negra nos EUA.

Como alguém que experimentou uma infância negra, uma vida de mulher negra, e a maternidade negra, eu posso dizer honestamente que nascer com melanina na pele é um dos sentimentos mais libertadores, mas exaustivos, do mundo. Minha esperança é que meu filho não precise experimentar metade do que eu experimentei enquanto crescia
Slick Woods sobre sua vida como mulher negra nos EUA

A modelo comentou que se sente “grata” por estar na posição de dar ao filho “uma infância e uma vida adulta que ela jamais seria capaz de imaginar”. O pequeno Saphir, de 2 anos, nasceu do relacionamento dela com o modelo Adonis Bosso.

Eu rezo para que os sistemas que atualmente governam a sociedade se desintegrem quando o meu filho atingir uma idade em que consiga entender realmente a sua linhagem, para que ele possa sentir apenas orgulho de quem é.
Slick Woods tem esperança para o futuro

 

Ver essa foto no Instagram

 

Talk to me nice or don’t talk to me twice. Pz Plz if you know what I mean ✌🏿✌🏿 #styledbyslick

Uma publicação compartilhada por @ slickwoods em

Para Woods, é “interessante” ver o mundo “finalmente acordando para aquela que sempre foi a sua realidade e a de muitos outros”. Ela fala dos protestos antirracistas provocados pelo assassinato de George Floyd, mas também de algo mais amplo.

De repente, a negritude está ‘bombando’. Paternidade negra. Infância negra. Maturidade negra. Vivência negra. Mas ainda não conversamos sobre como realmente ajudar vizinhanças negras, que são a fonte que dita a narrativa da negritude nos EUA.
Slick Woods quer ajustar foco dos protestos antirracistas

Em sua experiência na moda, Woods destacou que “nunca pediu desculpas por ser negra”, o que levou muitos na indústria a rotulá-la como “excêntrica”. “A moda nunca foi um espaço onde a diversidade é celebrada, pelo menos não até a minha geração de modelos começar a aparecer”, definiu.

+ sobre o tema

Distribuição de absorventes beneficiará 24 milhões de mulheres

O governo federal divulgou, nesta segunda-feira (19), os critérios...

Única negra em universidade japonesa: “Pobre também pode estudar fora”

"De Itaquera pra atual universidade número um do Japão!...

Debate sobre gênero e sexualidade em aula é previsto em lei, diz GDF

Distrital enviou ofício a escola de Ceilândia questionando atividade...

Mulher negra: nem escrava, nem objeto – Por: Jarid Arraes

Uma das maiores particularidades do racismo brasileiro é o...

para lembrar

A máquina de fazer ativistas não respeita subjetividades

É comum nos movimentos sociais a ideia de coletividade...

Após quase 48 horas de determinação do STJ, TJ ainda não cumpriu decisão e porteiro preso por falhas em investigações segue na cadeia

Quase 48 horas após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar a soltura imediata...

Opositores e defensores do casamento gay tomam as ruas de Paris

Milhares de defensores da legislação se reuniram na praça...
spot_imgspot_img

Universidade é condenada por não alterar nome de aluna trans

A utilização do nome antigo de uma mulher trans fere diretamente seus direitos de personalidade, já que nega a maneira como ela se identifica,...

O vídeo premiado na Mostra Audiovisual Entre(vivências) Negras, que conta a história da sambista Vó Maria, é destaque do mês no Museu da Pessoa

Vó Maria, cantora e compositora, conta em vídeo um pouco sobre o início de sua vida no samba, onde foi muito feliz. A Mostra conta...

Nath Finanças entra para lista dos 100 afrodescendentes mais influentes do mundo

A empresária e influencer Nathalia Rodrigues de Oliveira, a Nath Finanças, foi eleita uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo pela organização...
-+=