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    Por que nós, mulheres, estamos sempre pedindo desculpas? 

    Deputada estadual eleita Renata Souza (PSOL) (Foto: Caio Oliveira/Divulgação)

    13 de abril: dia de celebração e luta para as mulheres do samba

    Imagem: Getty Images/BBC

    Jovem denuncia motorista de aplicativo por se masturbar durante corrida em Salto

    Foto: Marcus Steinmayer

    Primeira biografia de Sueli Carneiro narra vida de lutas em prol da mulher negra

    Adobe

    A cultura do estupro e suas diferentes intervenções nos corpos negros

    VLT – Foto: Site “Mobilidade Urbana Salvador”

    Reflexões sobre interseccionalidade de gênero, raça e classe nas políticas públicas em Salvador

    Madalena, ex-vereadora travesti de Piracicaba, é encontrada morta em casa (Foto: Fernanda Zanetti/G1/Arquivo)

    Madalena, a primeira vereadora travesti de Piracicaba, é assassinada

    Imagem retirada do site Az Mina

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    Helen Andrade é head de diversidade da Nestlé (Foto: Helen Andrade/LinkedIn/Reprodução)

    ‘Não adianta ter dinheiro; nenhum negro escapa do racismo no Brasil’, diz head de diversidade da Nestlé

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      Will Smith se recusa a gravar filme na Geórgia em protesto contra nova lei eleitoral

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      Jovem negro é baleado na cabeça por PM à paisana em ida a mercado em SP

      Manifestantes protestam em Minneapolis, no estado americano de Minnesota, contra a morte do cidadão negro Daunte Wright em 11 de abril — Foto: Nick Pfosi/Reuters

      Manifestantes entram em confronto com a polícia nos EUA após morte de jovem negro

      Imagem: Geledes

      Mulher é presa após chamar homem negro de “macaco” e “da senzala” em ônibus do litoral de SP

      Montagem com as fotos dos três meninos desaparecidos no dia 27 de dezembro, em Belford Roxo. (REPRODUÇÃO / FACEBOOK)

      Mais de 100 dias sem resposta sobre os três meninos desaparecidos de Belford Roxo

      Marc Bruxelle via Getty Images

      Bichas pretas afeminadas: sem direitos, silenciadas na escola e sozinhas na vida

      Christian Ribeiro (Foto: Arquivo Pessoal)

      Arauto de um novo tempo: A negritude revolucionária de Hamilton Cardoso!

      Ilustração: Michael Morgenstern /The Chronicle

      Que nossas palavras sejam máquina que faz fazer!

      Reprodução/Facebook/ Raull Santiago

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      Brasil é ‘racista’ e parece executar ‘indesejados’ com conivência da Justiça, diz Comissão Interamericana da OEA

      Ivanir Dos Santos (Foto: Arquivo Pessoal)

      Ivanir dos Santos: Ainda há esperança em prol da tolerância

      Bandeira do orgulho trans hasteada em São Francisco, nos Estados Unidos. Foto: Flickr (CC)/torbakhopper

      Brasil segue no topo de ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo

      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

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        Dona Ivone Lara (Foto: André Seiti)

        Itaú Cultural celebra as primeiras 50 exposições da série Ocupação em publicação com textos de artistas contemporâneos sobre homenageados

        Historiadores vêm tentando resgatar a trajetória de pessoas negras escravizadas na época colonial a partir de um amplo leque de documentos da época (Getty Images)

        A luta de um homem negro pela liberdade entre Caribe, Brasil, África e Europa

        Milton Nascimento é tema de longa-metragem que será realizado pela produtora Gullane — Foto: Instagram/Reprodução

        Milton Nascimento anuncia que será produzido filme sobre trajetória dele

        Celeste (Foto: Sergione Infuso/Corbis/Getty)

        7 canções para conhecer Celeste, indicada ao Oscar 2021 por “Hear My Voice,” [LISTA]

        Foto: Divulgação

        Unity Warriors estreia espetáculo de dança “MANOfestAÇÃO” e celebra a cultura hip-hop

        Foto: Divulgação

        “Das Mais Belas Tristezas às Mais Doces Levezas”, novo disco de André Dias tem doses de amor, desapego e protagonismo do homem negro

        Ismael Ivo (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)

        Ismael Ivo, bailarino e coreógrafo, morre aos 66 anos após diagnóstico de Covid-19

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              “Negro, destemido e forte”: Nelson Sargento completa 96 anos

              A vida do sambista Nelson Sargento se confunde com a própria história da Mangueira e do samba carioca

              03/08/2020
              em Patrimônio Cultural
              Tempo de leitura: 6 mins read
              A A

              Fonte: Luiz Ricardo Leitão, do Brasil de Fato
              Nelson é filho de Rosa Maria da Conceição e Olympio José de Mattos, casal de cozinheiros que trabalhava e morava na Tijuca - Imagem retirada do site Brasil de Fato

              Nelson é filho de Rosa Maria da Conceição e Olympio José de Mattos, casal de cozinheiros que trabalhava e morava na Tijuca - Imagem retirada do site Brasil de Fato

              Quando o menino Nelson Mattos nasceu, na Santa Casa do Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1924, os negros já estavam “livres do açoite da senzala”, mas viviam presos “na miséria da favela”, como advertiram os versos de Hélio Turco, Jurandir e Alvinho no desfile de 1988 (Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão?).

              Àquela época, lutando contra o preconceito das elites e a repressão do regime oligárquico da Primeira República, o samba, sem renegar seu passado rural, buscava se afirmar como expressão musical dos negros humildes que habitavam os morros e cortiços da cidade.

              De fato é que, desde 1870, estimulado pelos ex-escravos baianos que fizeram do Rio sua morada após a Guerra do Paraguai, o velho batuque da fazenda vinha assumindo sua nova feição urbana, bem mais melódica e sincopada. Após 1888, amplia-se a “Pequena África”, com os escravos libertos das lavouras unindo-se aos negros livres que prestavam serviços na cidade.

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              06/02/2021

              A eles também se somariam os soldados egressos da cruel e genocida Guerra de Canudos. Desprovidos de teto, se instalaram, sob expressa autorização do Ministério da Guerra, no Morro da Providência, na Zona Portuária, dando origem à primeira favela carioca.

              Filho de Rosa Maria da Conceição e Olympio José de Mattos, casal de cozinheiros que trabalhava e morava na Tijuca, Nelson não fugiu desse roteiro. 

              Após a separação dos pais, ele foi viver com a mãe em um barraco alugado no Morro do Salgueiro, onde aos 10 anos se iniciou nas lides do samba, desfilando na Azul e Branco, uma das raízes dos Acadêmicos do Salgueiro – agremiação fundada em 1953. Nos anos 1930, as escolas já gozavam de certo prestígio: em 1932, o jornalista Mário Filho organizou pelo jornal Mundo Sportivo o primeiro cortejo oficial na Praça XI. Em 1935, o prefeito Pedro Ernesto legalizou os grêmios recreativos e instituiu os desfiles de rua.

              O garoto, então com 12 anos, sai do Salgueiro e vai viver na Mangueira, com Rosa e o novo companheiro, o pintor de paredes Alfredo Lourenço, que viera de Portugal e se fixou no lugar. O berço da Estação Primeira já era, desde os anos 1920, um sítio pródigo na cartografia do samba carioca, com a turma de Cartola, Carlos Cachaça, Marcelino, Zé Espinguela e outros bambas soltando o bicho no Bloco dos Arengueiros.

              Não por acaso, eles recebiam amiúde a visita de Paulo da Portela, fundador da águia de Oswaldo Cruz e um dos maiores militantes da causa negra no Rio, que, junto com Mano Elói, percorria os subúrbios da Central ajudando a organizar os grupos de samba nos morros e terreiros. E também acolhiam as “embaixadas” da Deixa Falar, escola pioneira da turma do Estácio – Bide, Ismael Silva, Marçal, Baiaco e companhia.

              Na virada do século 20, inspirada na reforma de Paris, a elite da Belle Époque buscou remodelar o Rio, tratando de expulsar os “bestializados” do centro da capital, como fez o prefeito Pereira Passos, o “Bota abaixo”, para abrir a avenida Central – atual avenida Rio Branco -, derrubando centenas de casas. A maioria dos desabrigados se alojou nos morros da região, mas outros seguiram rumo à Zona Norte e ao subúrbio (como ocorreu na década de 1960, no governo de Carlos Lacerda, com o “desterro” na Zona Oeste).

              E é nesse ambiente de resistência que floresce a poesia do samba verde e rosa, cultivada por figuras como Carlos Cachaça, Cartola e Geraldo Pereira – três fontes da arte singular de Nelson Sargento.

              Legado de um poeta griô

              A vida de Nelson se confunde, pois, com a própria história da Mangueira. Criada em abril de 1928 pela turma dos Arengueiros, ela traz consigo todas as marcas de um século de luta e resistência pela causa do samba. E o nosso luminoso aniversariante de 96 sublimes estações se tornaria um de seus griôs, preservando e transmitindo aos mais jovens os saberes, os cantos e os mitos da nação mangueirense.

              São trilhas gloriosas, mas também adversas, que ele há de vivenciar a partir da década de 1930, em plena “era Getúlio”, em que o país supera a etapa liberal-oligárquica do capitalismo periférico e ingressa na fase corporativo-monopolista de nossa “via prussiana” de desenvolvimento. São os tempos buliçosos da “era do rádio”, com Noel, Pixinguinha, Lamartine, Chico Alves, Mário Reis, Carmen Miranda e companhia difundindo para o Brasil e o mundo um novo ícone de identidade nacional – o samba –, tal qual ocorreu na Argentina de Perón com o tango.

              Contudo, isso não impedirá que seus maiores artífices, os sambistas dos morros e da periferia, sofram dissabores e reveses, sugados pela crescente indústria cultural que aqui se instalava. Como canta Sargento em Agoniza, Mas Não Morre:

               Samba,
              Negro, forte, destemido,
              Foi duramente perseguido,
              Na esquina, no botequim, no terreiro.

              Ala de compositores

              Sob o estímulo do padrasto amante do fado e do samba, a veia musical do jovem desabrocha com as primeiras canções ao violão. Em contato com os bambas da Mangueira, já em 1942, prestes a completar 18 anos, apoiado por Alfredo Português e Carlos Cachaça, Nelson entra na ala de compositores da escola.

              Mesmo que sua obra musical não seja marcada por sambas de enredo – fato comum entre vários baluartes da verde e rosa, como Cartola, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, entre outros -, ele há de ser bicampeão pela Mangueira, em 1949 e 1950, assinando com Português dois hinos oficialistas – Plano Salte e Unidade Nacional. Mais tarde, em 1958, já reconhecido pelos pares, é eleito presidente da renomada ala.

              Nem só de música vivem as cigarras. Para ganhar a vida, Nelson trabalhou numa fábrica de vidros, em Vila Isabel, a terra boêmia de Noel, parceiro de Cartola que ele mal pôde conhecer. Prestando o serviço militar, foi sargento do Exército de 1945 a 1949, patente com a qual se batizou na cena artística. Na época, em meio ao entusiasmo pelo fim da Segunda Guerra e sob a política de “boa vizinhança” de Tio Sam na América Latina, o samba reluzia nas telas de cinema e nos palcos de cassinos e teatros. Ainda assim, o brilho do gênero não evitou o ostracismo e a pindaíba de bambas como o próprio Cartola, que sumiu das lides musicais por duas décadas e, para sobreviver, foi até lavador de carros.

              O talento ímpar de Nelson Sargento impõe-se na virada da década de 1960, entre o otimismo dos “anos dourados” e o agudo debate estético-ideológico da intelligentsia sobre a autêntica cultura nacional-popular na era Jango. 

              Às vésperas do sinistro golpe que se avizinhava, a cultura explodia com o primeiro Festival do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional do Estudantes (UNE), o filme “Cinco Vezes Favela”, de Joaquim Pedro de Andrade, Leon Hiszman e Cacá Diegues, o Teatro de Arena de Boal, Vianinha e Guarnieri, além, é claro, de eventos marcantes do samba, cujo epicentro era o Zicartola, o lendário restaurante de Dona Zica e Cartola.

              Engajado na causa da arte popular desde os anos 1950, o autor de Agoniza, Mas Não Morre, um canto de exaltação à resiliência do samba, participa do musical Rosa de Ouro e vai integrar o conjunto “A Voz do Morro”, criado em 1965 por Zé Kéti, com Elton Medeiros, Paulinho da Viola e outros. Brilhando nas noites do Zicartola, o griô abria sua caixa de ourivesaria e começava a compor um relicário poético que inclui pérolas líricas, como Cântico à Natureza e Homenagem ao Mestre Cartola, e crônicas saborosas sobre a condição humana – como a burlesca Falso Amor Sincero:

              O nosso amor é tão bonito,
              Ela finge que me ama
              E eu finjo que acredito.

              96 primaveras

              De lá para cá, sobreveio uma ditadura de 21 anos, uma “Nova República” de araque e a democracia “meia boca” que fomenta a exclusão e a desigualdade social, hoje acirradas pela homofobia, o racismo e o machismo raivoso da “era Bolsonaro”. Nada disso abateu o ânimo do griô, que ainda atuaria como ator em filmes e minisséries, além de abraçar as artes plásticas e as letras, expondo em mostras de pintura e escrevendo livros e crônicas, inclusive um perfil de Geraldo Pereira, lançado em 1981 pelo “Projeto Lúcio Rangel”, da  Fundação Nacional de Artes (Funarte), e um inusitado conto erótico para a revista Ele & Ela.

              Se tanto não bastasse, em 1996, o poeta griô, casado com Evonete Belizario e pai, avô e bisavô de uma grande família, foi agraciado com a Medalha Pedro Ernesto pela Câmara Municipal do Rio, por sua vida dedicada à cultura. Por isso, quando ele apagou as velas do bolo no último dia 25, no Museu do Samba, os olhos de milhões de brasileiros brilharam, convictos de que a esperança, tal qual o samba, pode até agonizar, mas jamais morrerá. Evoé, Baco! Axé, Nelson Sargento!

              *Luiz Ricardo Leitão é escritor e professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutor em Estudos Literários pela Universidad de La Habana. Coordenador do Acervo Universitário do Samba, ele é autor de Noel Rosa: Poeta da Vila, Cronista do Brasil e das biografias de Aluísio Machado, Zé Katimba e Rosa Magalhães.

              Tags: Nelson Sargentosamba
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              • O Itaú Cultural lança, em seu site www.itaucultural.org.br, a publicação Ocupação Itaú Cultural 50 – uma celebração, que comemora a marca de 50 exposições, alcançada em dezembro de 2020, desta série realizada pela organização desde 2009. Saiba mais em www.geledes.org.br
              • A designer Taís Nascimento faz uma análise de sobre a importância de mulheres negras ocuparem o mercado tecnologico Confira um trecho:"A imagem da mulher negra não está associada à imagem do sucesso profissional, das profissões mais bem remuneradas e ainda mais longe está das ciências e da tecnologia. Dito isto, entendo que antes de pensar nós mulheres negras enquanto trabalhadoras da tecnologia é importante refletir sobre nós mulheres negras na sociedade..." Leia o artigo completo em: www.geledes.org.br A seção Coletiva Negras que Movem (@negrasquemovem), traz artigos de integrantes do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco, do Fundo Baobá (@fundobaoba).
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