Fonte: SRZD –
Apesar de todos os esforços do governo para garantir vagas para pessoas da raça negra nas universidades, apesar do exemplo dos Estados Unidos ao eleger um presidente considerado negro, um país que foi marcado em sua história por conflitos raciais, os negros no Brasil ainda estão longe de ocupar cargos de liderança nas empresas brasileiras.
Os dados de uma pesquisa do Dieese mostram que apenas 5% dos profissionais da raça negra ocupam cargos de gerência ou direção nas empresas. Na população branca, o percentual é de 17,4%. Entretanto, as desigualdades no mercado de trabalho vêm caindo com o aumento da renda da população negra. O que já é um bom sinal. Mas ainda assim, persiste a pergunta. Será que os profissionais da raça negra não possuem competência para ocupar cargos de gerência e diretoria?
Muitas empresas já estimulam a diversidade. Algumas estão dando preferência à contratação de mulheres em níveis gerenciais e de diretoria. Mas ainda não existe nenhuma empresa que tenha criado um programa para dar preferencia à contratação de negros para ocupar esses mesmos cargos. Por quê?
Seria bom que as empresas abrissem os olhos para isso e mostrassem que estimulam a diversidade, não apenas promovendo mulheres, mas também, seus profissionais negros. A redução das desigualdades nos cargos de liderança mostraria que nosso país realmente está caminhando para construir uma sociedade mais justa, com oportunidades iguais para todos.
Sem dúvida nenhuma, o que conta no mercado de trabalho é e sempre será a competência. Por isso, antes que algum deputado proponha um projeto de Lei que obrigue algum tipo de cota para negros em cargos de liderança, seria bom que as empresas dessem o exemplo e procurassem reduzir essas diferenças investindo mais na capacitação de seus profissionais negros.