Quase metade das crianças até 5 anos vivia na pobreza em 2022, diz IBGE

Situação afetava 49,9% dos brasileiros dessa faixa etária à época, aponta instituto

Quase metade das crianças de zero a cinco anos vivia em situação de pobreza no Brasil em 2022, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Nessa faixa etária, 49,9% dos brasileiros eram considerados pobres à época. É a maior taxa dos dez grupos populacionais analisados pelo instituto.

O percentual havia sido ainda mais elevado em 2021. Naquele ano, 54,1% das crianças de zero a cinco anos estavam em situação de pobreza, patamar recorde da série histórica iniciada em 2012.

A taxa mais recente (49,9%), relativa a 2022, é a menor desde 2020 (46%), período inicial da pandemia de Covid-19.

Os dados divulgados nesta terça integram a publicação “Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20”.

No trabalho, o IBGE reúne estatísticas relacionadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Agenda 2030, que incluem a erradicação da pobreza.

Ao tratar desse assunto, o instituto utiliza dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), um dos principais trabalhos desenvolvidos pelo órgão.

Considerando a população como um todo, a taxa brasileira de pobreza diminuiu do recorde de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022. O patamar mais recente é o menor desde 2020 (31%).

O IBGE já havia apontado no último mês de dezembro que a redução da pobreza em 2022 refletiu os impactos da retomada do mercado de trabalho e da ampliação do Auxílio Brasil (hoje Bolsa Família) no ano eleitoral.

A linha de pobreza utilizada pelo instituto é de US$ 6,85 em PPC (paridade do poder de compra). Na prática, pessoas que vivem com quantias inferiores a essas por dia são consideradas pobres.

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