Reunião discute lançamento estadual do Programa Racismo na Infância 2010

Previsto para ser lançado em Brasília, no dia 25 deste mês, o Programa Racismo na Infância 2010 movimentou ativistas negros alagoanos com parceiros do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) a se reunirem em Maceió para discutir seu lançamento em Alagoas.

A Unicef e vários ativistas de entidades do movimento negro buscam mais parcerias com organizações não governamentais, instituições municipais, estaduais e federais da Saúde e Educação para fortalecer o combate ao racismo no Estado.

A reunião aconteceu na sala 131 da Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEEE), no Centro de Maceió. O programa tem o apoio da Fundação Cultural Palmares, interligado ao Ministério da Cultura e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), além de movimentos sociais.

 

 

A coordenadora do programa, Jane Santos, afirma: “a gente quer mostrar que a cara do racismo é mais acentuada e atende vários segmentos.”

Presente na reunião, o representante da Fundação Cultural Palmares, Mestre Cláudio, esclareceu: “percebo que há ignorância quanto ao racismo. Não é só chamar de macaco, é também quando uma professora de ensino infantil passa a mão nos cabelos lisos de uma menina branca na sala de aula mostrando-os a uma menina negra e pede para ela dizer à sua mãe que deve alisá-lo também para cuidar deles e ficar bonita.”

“Atualmente, a visibilidade da discriminação contra o negro está mais alta. Antigamente, as pessoas tinham vergonha de denunciar nas delegacias que sofreram de discriminação racial”, finalizou Mestre Cláudio.

 

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Helcias Pereira, representante do Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu, que trabalha na parceria da Unicef com a Vila Emater , disse uma frase importante no início da reunião, que marca a identidade e afirmação da afro-atitude sem o preconceito interno: “Eu sou negro, preta é a minha cor.”

O Programa terá como Embaixador o ator Lázaro Ramos, artista comprometido com as questões raciais e culturais afro-brasileiras.

por Kleverton Almirante – Colaborador

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