O Dia Internacional de Combate à Homofobia, celebrado nesta terça-feira (17/5), ainda não ganhou o destaque esperado pela comunidade GLBT (Gays,Lésbicas, Bissexuais e Transexuais) nos municípios do ABC. De acordo com o Presidente de Honra da ONG ABCD’s, Marcelo Gil, de todas as cidades apenas Santo André reservou ações para lembrar a data.
“A homofobia no ABC é um problema ainda presente, camuflado e muito velado”, afirma. Segundo o Presidente da ONG, São Bernardo se destaca como a mais violenta devido o registro, nos últimos tempos, do assassinato de três travestis, seguida de Mauá com alguns casos de espancamento de homossexuais.
Entre os grupos homofóbicos que agem na região destacam-se os conhecidos Carecas do ABC, que ainda agem em alguns pontos, os “Abarretas” e alguns Rappers. Apesar do destaque dado pela mídia na ação desses grupos, os casos de violência doméstica ainda superam em número de ocorrências contra homossexuais. “Cerca de 70% das ocorrências são casos de violência doméstica. Na maioria das vezes, são pais que agridem os filhos por não aceitarem sua opção sexual”, afirma Marcelo.
Descaso é evidente em Mauá e São Caetano
Segundo Marcelo Gil, Mauá e São Caetano são os municípios de maior descaso com políticas públicas direcionadas ao público GLBT. “As ações nestas cidades são praticamente nulas e recentemente em Mauá tivemos a denúncia que uma transexual teria sido demitida de uma repartição pública por preconceito”, relata Marcelo.
Já as cidades de Santo André e Diadema registraram uma queda significativa nos crimes homofóbicos. Uma das causas teria sido as leis que institui crimes de homofobia nas cidades e algumas outras iniciativas do poder público. São Bernardo se destaca pelas ações afirmativas como ciclos de palestras e a realização de marchas. (Colaborou Carolina Neves)
Fonte: Reporter Diário