Semana da Consciência Negra: Camilo reúne com movimento negro do Amapá

O governador Camilo Capiberibe reuniu-se nesta quarta-feira, 14, com representantes dos movimentos negros do Amapá e de comunidades quilombolas e tradicionais. Eles fizeram os últimos acertos para o maior evento da cultura afro do Estado patrocinado pelo governo estadual: a Semana da Consciência Negra e o XVIII Encontro dos Tambores. O governador anunciou para os presentes que a solicitação de aumentar o repasse para a compra das indumentárias será atendida. A partir deste ano, o valor passa de R$ 4 mil para R$ 5 mil, por comunidade que se apresentar.

A programação da Semana da Consciência Negra inicia no próximo dia 18 e segue até 26 de novembro, no Centro de Cultura Negra do Amapá. Manifestações religiosas, culturais, profanas e artísticas estão previstas para acontecer no bairro do Laguinho. Estão programados seminários, caminhada Zumbi dos Palmares, rufar dos tambores, debates, capoeira, hip-hop, apresentação de candomblé e umbanda, e a tradicional Missa dos Quilombos. O momento mais aguardado, o Encontro dos Tambores, vai acontecer de 21 a 24 de novembro.

O Governo do Amapá, por meio das Secretarias Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro) e de Estado da Cultura (Secult), e da Comissão de Eventos, está organizando a festa junto com as entidades ligadas ao movimento negro. Na reunião, o governador deixou evidente que o Estado dará o apoio possível para que os festejos estejam à altura de sua importância. Está confirmada a participação de 38 comunidades do interior do Estado e da capital, que irão apresentar marabaixo, batuque, sairé, zimba e tambor de crioula. Além do repasse de R$ 5 mil para cada comunidade. O GEA está garantido a estadia e alimentação para todos os dançarinos.

“Queremos construir um projeto junto com as comunidades, e com isso vamos celebrar nossas heranças. É importante para manter nossa identidade”, disse o governador. Ele aproveitou o momento para anunciar o resgate e reestruturação do Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA), em parceria com os movimentos negros.

“O centro vai voltar a ser referência para os amapaenses. Por intermédio dele vamos contar nossa história. Este é somente o início do diálogo, vamos nos reunir com mais frequência e desenhar um projeto promissor para o centro, que vai voltar a ser orgulho, que nem o Museu Sacaca”, ressaltou Camilo Capiberibe.

Ficou acertado que durante a Semana da Consciência Negra haverá espaço para o debate com o governador e sua equipe sobre o destino do CCNA. “É louvável essa iniciativa de trabalhar junto com os movimentos o resgate cultural de eventos como o Encontro dos Tambores e do prédio do centro. Esse é um dos gargalos que precisamos resolver. Temos certeza que agora vamos trabalhar juntos e merecer o respeito dos governantes e encerrar o tempo em que nosso movimento era visto com cuidados. Vamos ajudar a escrever a história dos negros do Amapá”, encerrou a militante do movimento Elisa Congó.

Mariléia Maciel/Secom

 

 

Fonte: Correa Neto 

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