Soube pelo jornal que meu filho foi assassinado por ódio

{xtypo_quote}Falar de fora, sendo político é muito fácil. Difícil é viver na pele a dor de perder um filo de 14 anos, vitíma de violência homofóbica. Meu filho era uma criança. Por pura ignorância desse bando, ele foi espancado, torturado e asfixiado enquanto esperava um ônibus. É bom conhecer logo os futuros os governantes do País. Pelo menos a máscara caiu durante a campanha. Não votei no Serra e assim farei no segundo turno.{/xtypo_quote}

 

O depoimento é de Angélica Ivo, mãe do adolescente Alexandre Ivo, assassinado por homofóbicos. Em sua fala emocionada ela mostra o mesmo incômodo que tenho com a palavra intolerância que tem no seu bojo uma relação de poder: o intolerante acha que tem direito de escolher a quem ele vai respeitar, vê respeito como se fosse uma concessão sua ao direito do outro de existir. Não tem. Não temos que ‘tolerar ninguém’ temos de conviver com a diversidade.

O depoimento a seguir foi feito no seminário Assassinatos praticados contra a população LGBT, organizado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Legislação Participativa num evento na Câmara Federal no qual mães de jovens vítimas de violência devido à homofobia pediam a aprovação do PL 122, lei que criminaliza esse tipo de preconceito. Como relata Angélica seu filho tinha 14 anos e foi assassinado no Rio de Janeiro, em meados de 2010, simplemente porque não era um menino preconceituoso. Homofobia mata.

Fonte: Maria Frô

+ sobre o tema

Noelia sofre racismo e humilhação em loja da PBKids em shopping de São Paulo

Assim que adentrou a loja de brinquedos em um...

Política migratória europeia é tema controverso entre partidos alemães

Fonte:Írohín - Jornal Online- Sabine Ripperger     Na África ou no Leste...

Relatório da Anistia Internacional mostra violência policial no mundo

Violência policial, dificuldade da população em acessar direitos básicos,...

para lembrar

Polícia Militar do Distrito Federal vai fazer curso antirracismo

Academia da Polícia Militar decide ensinar técnicas e conteúdos...

Tais Araújo fala sobre o preconceito na adolescência

Taís Araújo conversou com Regina Casé, sobre preconceito...

Estudante de Direito é vítima de racismo na PUC de São Paulo

A estudante do último ano de direito da...

Ação policial mata cinco pessoas por dia no Brasil

São Paulo – As polícias civis e militares...
spot_imgspot_img

‘Piada’ de ministro do STJ prova como racismo está enraizado no Judiciário

Ontem, o ministro do STJ João Otávio de Noronha, em tom de "piada", proferiu uma fala preconceituosa sobre baianos durante uma sessão de julgamento. A suposta...

Identitarismo, feminismos negros e política global

Já faz algum tempo que o identitarismo não sabe o que é baixa temporada; sempre que cutucado, mostra fôlego para elevar o debate aos trending topics da política...

Gilberto Gil, o filho do tempo

Michel Nascimento, meu amigo-irmão que esteve em Salvador neste ano pela milésima vez, na véspera da minha viagem, me disse que uma das coisas...
-+=