Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil

O trabalho de organização do Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil foi coordenado pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) da Universidade Federal Fluminense, em parceria com o Comitê Científico Internacional do Projeto da UNESCO “Rota do Escravo: Resistência, Herança e Liberdade”. Reúne 100 Lugares de Memória e foi construído a partir da indicação e contribuição de diversos historiadores, antropólogos e geógrafos do país, após consultas e intensas trocas de informações. Sem essa generosa contribuição, inclusive na redação preliminar dos verbetes e indicação da bibliografia ou fontes de referência, não teria sido possível a reunião desse amplo material.

O avanço da pesquisa histórica sobre o tráfico e a escravidão em nosso país permitiu a reunião dessas 100 indicações, mas temos certeza que estamos longe de esgotar o Inventário. Esse trabalho deve ser entendido como um ponto de partida para novas e futuras ações (nos âmbitos federal, estadual e municipal), tanto no campo da pesquisa histórica, como no do ensino, educação patrimonial, divulgação e desenvolvimento do turismo cultural dos Lugares de Memória do Tráfico e História dos Africanos Escravizados no Brasil.

Demos prioridade às evidências documentais, escritas ou orais, da presença histórica e cultural dos africanos, com o objetivo de centrar o foco na ação e no legado dos recém-chegados. Por outro lado, sabemos que a lista seria interminável se tivéssemos optado por reunir os Lugares de Memória dos descendentes de africanos no Brasil. O inventário é sobre os locais onde é possível lembrar a chegada dos africanos ou identificar as marcas de sua presença e intervenção.

Escravizados em seu continente, entre os séculos XVI e XIX, muitas vezes em guerras internas entre os inúmeros reinos que existiam nas diversas regiões da África tocadas pelo tráfico, africanos de diferentes línguas e origens tornaram-se “escravos”, categoria jurídica de época, no Brasil. Aqui reorganizaram suas identidades, criando novos sentidos para suas referências africanas. Nos verbetes, utilizamos tanto o termo jurídico de época (escravo) quanto o adjetivo “escravizado”, que sublinha o caráter compulsório da instituição. Para referir às novas identidades africanas criadas nas Américas, respeitamos a diversidade de expressões utilizadas pelos especialistas consultados, refletindo diferentes cronologias, abordagens historiográficas e usos regionais.

Se, de início, foi uma tarefa difícil a separação entre africanos e afrodescendentes, o esforço foi recompensado. O leitor também ficará impressionado com as dimensões das ações dos africanos escravizados no Brasil. Para melhor compreensão e maior visibilidade dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos, organizamos os 100 Lugares em 7 diferentes temáticas, apresentadas a seguir:

Baixe o PDF

Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos

inventario_desembarqueinventario_casasinventario_igrejasinventario_trabalhoinventario_revoltasinventario_patrimonioFonte: Labhoi

+ sobre o tema

Filhas do presidente Obama são proibidas de acessar o Facebook

Malia e Sasha, as filhas do presidente americano Barack...

Naomi Campbell completa 43 anos com uma carreira marcada por sucesso e polêmicas

Naomi Campbell completa 43 anos com uma carreira marcada...

Vinte países africanos escolhem novos líderes neste ano

Quase metade dos países africanos escolhe novas lideranças...

para lembrar

Djavan ganha caixa com 20 álbuns remasterizados

Chega às lojas em novembro deste ano a Caixa...

Morre o Rei Pelé aos 82 anos

O futebol perdeu seu Rei. Nesta quinta-feira, morreu Pelé, o...

Primeira negra a ganhar ouro olímpico, Alice Coachman morre aos 90 anos

Americana conquistou medalha no salto em altura nas Olimpíadas...

Pathy Dejesus fala da chegada dos 40 anos

Há sete anos longe das passarelas, Pathy Dejesus voltou...
spot_imgspot_img

Juçara Marçal e Rei Lacoste lançam o Amapiano “Sem contrato”

A dupla Juçara Marçal (Rio de Janeiro) e Rei Lacoste (Bahia) lançam nesta sexta-feira (26) o single “Sem Contrato” nas principais plataformas digitais e...

Clara Moneke: ‘Enquanto mulher negra, a gente está o tempo todo querendo se provar’

Há um ano, Clara Moneke ainda estava se acostumando a ser reconhecida nas ruas, após sua estreia em novelas como a espevitada Kate de "Vai na...

Mulheres sambistas lançam livro-disco infantil com protagonista negra

Uma menina de 4 anos, chamada de Flor de Maria, que vive aventuras mágicas embaixo da mesa da roda de samba, e descobre um...
-+=