Washington Post: milhões voltam à pobreza no Brasil

Reportagem da Associated Press, publicada pelo jornal The Washington Post, avalia que depois de uma década sendo visto como exemplo para o mundo, o Brasil de está “de volta aos tempos coloniais”; correspondentes Peter Prengaman, Sarah DiLorenzo e Daniel Trielli escrevem que de 2,5 a 3,6 milhões de brasileiros retornaram à linha da pobreza, tendo uma renda média de apenas R$ 140 por mês; devido “à pior recessão da história” e “aos cortes aos programas de subsídio”, o País “perdeu o rumo” no caminho de combate à pobreza, destaca a AP

Do Brasil247

 

Reportagem da Associated Press, replicada pelo The Washington Post, avalia que depois de uma década sendo visto como exemplo para o mundo, o Brasil de está “de volta aos tempos coloniais”. Os correspondentes Peter Prengaman, Sarah DiLorenzo e Daniel Trielli escrevem que de 2,5 a 3,6 milhões de brasileiros retornaram à linha da pobreza, tendo uma renda média de apenas R$ 140 por mês. Devido “à pior recessão da história” e “aos cortes aos programas de subsídio”, o País “perdeu o rumo” no caminho de combate à pobreza, destaca a AP.

A reportagem conta a história de alguns brasileiros novamente miseráveis, como Simone Batista, uma mulher negra e pobre que, com o filho bebê no colo, chora ao contar que teve o Bolsa Família cortado. Ela quer recuperar o benefício, mas, segundo a AP, não tem sequer dinheiro para pegar o ônibus e ir reclamar seus direitos. O economista do Banco Mundial, Emmanuel Skoufias, critica os cortes no Bolsa Família e ressalta que os gastos com o benefício representam apenas meio por cento do Produto Interno Bruto. “O governo não deveria perder o foco da prioridade de manter as pessoas fora da pobreza”, diz Skoufias. “Deveria alocar mais recursos para o programa, e não menos”, completou.

Assuntos econômicos também chamam a atenção da imprensa. O The Wall Street Journal destaca o provável corte de 0,75% da Selic. O El Mercúrio expõe que o Brasil ainda não conseguiu recuperar seus envios de carne ao Chile, devido aos efeitos da operação Carne Fraca. De março a setembro, a importação de produtos bovinos brasileiros foi 14,7% menor em relação ao mesmo período de 2016.

Leia a reportagem na íntegra. 

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