Nós tantas outras

Cinco unidades da capital recebem programação que reflete sobre a condição social da mulher em diferentes localidades e realidades, além dos feminismos e os desafios que se apresentam na contemporaneidade. Nas mesas de discussão, estarão presentes pesquisadoras, estudiosas e ativistas do Afeganistão, Argentina, Brasil, China, Equador, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Moçambique, Suíça, Uruguai e Venezuela

Do Sesc São Paulo

Foto: divulgação/Sesc

 

Abordando a condição social das mulheres em diferentes localidades e realidades, além dos feminismos e dos desafios que se apresentam à elas na contemporaneidade, o Sesc São Paulo realiza, de 28/nov a 2/dez, o Encontro Internacional Nós tantas outras.

Nas dez mesas propostas, que acontecem nas Unidades Itaquera, Avenida Paulista, Santana, Campo Limpo e Pompeia , serão abordados temas como a genealogia dos movimentos de mulheres; as concepções e práticas feministas na América Latina e em outros contextos globais; as intersecções com outros marcadores sociais, como sexualidade, raça e classe; as questões vinculadas à saúde reprodutiva e sexual; a representatividade política; as reações e ameaças aos movimentos feministas no mundo e aos direitos adquiridos.

Considerando o atual cenário – e o dia 25 de novembro, declarado pela ONU como Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher –, o encontro reúne especialistas brasileiras e estrangeiras que, com suas experiências, ajudam a melhor compreender esta complexa realidade. Além das atividades formativas, a programação contará com atividades artísticas concebidas por mulheres – que dialogam com as questões apresentadas.

Nós tantas outras é uma iniciativa do programa de Diversidade Cultural do Sesc São Paulo, promotor de ações que contemplam pessoas, populações e culturas cujos direitos civis, sociais, humanos e de manifestação encontram-se de alguma forma ameaçados e/ou minorizados: mulheres, populações LGBTQIA+, negra, indígena e povos/comunidades tradicionais. As inciativas objetivam dar visibilidade à diversidade cultural, criando espaços para convivência, trocas e discussões sobre preconceito e respeito, sempre reconhecendo a diferença como componente legítimo para o viver junto.

A análise dos quadros políticos e sociais, bem como as pesquisas relacionadas às questões populacionais e culturais, integram os princípios de desenvolvimento das ações da área, levando em conta uma série de relatórios e estudos que apontam a persistência de profundas desigualdades de gênero em escala global. Os dados ainda indicam que essa desigualdade perpassa toda a estrutura social, evidenciando-se em altas taxas de feminicídio e violência sexual, baixa representatividade política, diferenças brutais no acesso ao mercado laboral, bem como no desequilíbrio nos salários e na distribuição de horas de trabalho não remuneradas. Diante disso, é urgente pensar nas questões de gênero não só como um tema específico para o desenvolvimento de uma programação cultural e educativa, mas sim como um questionamento das posições éticas que perpassam os vários campos de atuação humana.

As inscrições começam no dia 07/nov, a partir das 14h, no portal do Sesc São Paulo.

O evento contará com transmissão ao vivo no link: facebook.com/sescsp 

Acesse aqui a programação completa.

+ sobre o tema

A maldição do homem gentil

Algumas mulheres já me disseram que sou um homem...

Chega ao Brasil livro que lista mulheres importantes da história negra; brasileira é citada

A HarperKids vai lançar, em julho, o livro infantil "Pequenas...

Stephanie Ribeiro, Joice Berth, Milly Lacombe e Ana Paula Xongani falam sobre militância nas redes

Haters, saúde mental, likes e aprendizados. Quatro mulheres que...

para lembrar

Violência contra mulher e a omissão das universidades brasileiras

É absurdo o número de estupros e violência contra...

Governo diz que dará suporte em casos de gravidez de anencéfalos

STF decidiu que não é crime interromper gestação de...

OAB SP. 4° Congresso Internacional de Direito da Diversidade da OAB SP

Clique aqui para acessar a programação do evento ou...
spot_imgspot_img

Mulheres recebem 19,4% a menos que os homens, diz relatório do MTE

Dados do 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios mostram que as trabalhadoras mulheres ganham 19,4% a menos que os trabalhadores homens no...

Órfãos do feminicídio terão atendimento prioritário na emissão do RG

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal (SMDF) assinaram uma portaria conjunta que estabelece...

Universidade é condenada por não alterar nome de aluna trans

A utilização do nome antigo de uma mulher trans fere diretamente seus direitos de personalidade, já que nega a maneira como ela se identifica,...
-+=