Evento pede o fim da Violéncia contra as Mulheres em Salvador/ Tocar Pode, Bater Não

O projeto Tambores pelo fim da Violência -TOCAR PODE, BATER NÃO, coordenado pelo Instituto A Mulherada, volta com força total pelo segundo ano consecutivo ao Centro Histórico, utilizando- se da música, vídeo, arte cênica e dança para o enfrentamento à violência praticada contras as mulheres na Bahia.

Este ano o evento é parte integrante da Campanha Nacional dos “16 DIAS DE ATIVISMO” no combate a violência contra as mulheres, sob o patrocínio do Fundo Elas através do Instituto Avon. Tem o apoio da Fundação Gregório de Mattos e acontece no Centro Cultural Barroquinha nos dias 24, 25 e 26 de novembro e 15, 17 e 18 de dezembro, das 18h às 21h. Este ano, Armandinho, da família Macedo e seu irmão serão os convidados, tocando com a banda A Mulherada.

No ano anterior, parceiros do cenário artístico baiano apoiaram a causa emprestando seu talento com participações memoráveis, como Gerônimo, Lazzo, Tonho Matéria, Afro Jhô e Edu Casanova, que enriqueceram a luta pelos direitos das mulheres
A direção do espetáculo fica a cargo do cantor, compositor e arranjador Tote Gira. No repertório, músicas que inspiram e falam do universo feminino, da luta, da auto-estima, do trabalho diário, isso tudo com a interpretação e o toque sensível das mulheres musicistas da Banda A Mulherada.

Segundo a coordenação do Instituto, este projeto é de grande relevância social e, desde o início, tem proporcionado um momento ímpar de arte a serviço da conscientização, mobilização e combate à violência praticada diariamente contra as mulheres baianas, contra as quais se registra em média, apenas em Salvador, 30 casos/dia pela Delegacia Especializada. Mas que por outro lado, apesar dos números assustadores, vem também contando cada vez mais com políticas públicas, leis e instituições para reagir e combater e salvaguardar mais mulheres ainda em situação de violência.

Compromisso social
O Instituto, entidade sem fins lucrativos, luta desde 2001 pela defesa dos direitos das mulheres vítimas de violência, sem oportunidade de emprego e pela inclusão educacional e profissional das mesmas. Desenvolve atividades educacionais com aulas de percussão dança afro, inclusão digital, inglês (Pronatec). Além de dar projeção à banda formada por mulheres, que durante o carnaval é a atração nos Bairros de Salvador e do bloco A Mulherada, que desfila nos circuitos Campo Grande/Batatinha e Barra Ondina.

O reconhecimento internacional das ações de combate a violência contra a mulher veio ao participar do 19th Annual African Market Place & Cultural Faire, a convite Centro William Grant Still, em Los Angeles, EUA, em 2004. Desde essa época, a credibilidade do projeto vem sendo consolidada, e com a criação da Banda, vem difundindo o ritmo afro pop brasileiro, interpretando clássicos, porém compondo seu próprio repertório com qualidade e atitude, o que tem sido um destaque entre as bandas baianas.

Serviço:
O quê: projeto Tambores pelo fim da Violência -TOCAR PODE, BATER NÃO- Show coma banda A Mulherada, com participação de Armandinho (família Macedo)
Onde: Centro Cultural Barroquinha
Quando: dias 23, 24 e 25 de novembro e 15, 17 e 18 de dezembro
Horário: das 18h as 21 h
Acesso: gratuito/ mediante convite
Patrocínio: Fundo Elas / Instituto Avon
Apoio: Fundação Gregório de Mattos

+ sobre o tema

Mulheres pedem mobilização por maior participação feminina na política

Mulheres negras A secretária de Políticas de Ações Afirmativas...

Crimes de ódio homofóbico em ascensão no mundo

Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos faz alerta...

Taís Araújo fala sobre feminismo e desabafa: ‘Se a mulher fala não, acabou!’

A cantora e atriz Lellêzinha também participou da conversa. Do...

para lembrar

Manifesto: Eu apoio a legalização do aborto

Neste 8 de março, lutamos pela legalização do aborto...

Mulheres brancas ainda não sabem tratar do feminismo interseccional

* Texto orginalmente publicado no site For Harriet. Por  Jaimee...

Rainha de bloco afro é referência de empreendedorismo na BA

Segundo dados da pesquisa “Afroempreendendorismo Brasil”, realizada pelo Movimento...
spot_imgspot_img

‘A gente pode vencer e acender os olhos de esperança para pessoas negras’, diz primeira quilombola promotora de Justiça do Brasil

"A gente pode vencer, a gente pode conseguir. É movimentar toda a estrutura da sociedade, acender os olhos de esperança, principalmente para nós, pessoas...

Ana Maria Gonçalves anuncia novos livros 18 anos após lançar ‘Um Defeito de Cor’

Dois novos livros de Ana Maria Gonçalves devem chegar ao público até o fim de 2024. As novas produções literárias tratam da temática racial...

Mulheres recebem 19,4% a menos que os homens, diz relatório do MTE

Dados do 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios mostram que as trabalhadoras mulheres ganham 19,4% a menos que os trabalhadores homens no...
-+=