Sindicância vai investigar tortura a presos em Santa Catarina

Fonte: Uol-

 

A secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina anunciou que vai abrir nesta terça-feira uma sindicância para apurar as denúncias de tortura contra presos na maior penitenciária do Estado.

 

O governador Luiz Henrique da Silveira afirmou que vai demitir integrantes da secretaria, se for confirmada conivência dos agentes carcerários no caso.

 

Em uma das imagens, depois de ser espancado, um detento é forçado a colocar a cabeça dentro de um vaso sanitário, mesmo algemado. As cenas foram ao ar domingo, no programa “Fantástico”, da Rede Globo.

“Se havia conhecimento, quem dirige o Deap (Departamento de Administração Prisional) tem que ser afastado. Haverá punição severa”, afirma. A sindicância deve apresentar resultado em 30 dias.

 

As agressões foram gravadas em fevereiro de 2008, na unidade de segurança máxima de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, onde 1,1 mil homens cumprem pena. O diretor do Deap, Hudson Queiroz, afirma que participou de uma operação para recolocação de presos na época, mas não havia tomado conhecimento das agressões. “Houve reação por parte dos presos que agrediram os agentes prisionais com água quente, urina e palavras ofensivas, mas eu não presenciei qualquer tipo de violência”, alega.

 

Ao ver as imagens, o secretário de Justiça e Cidadania de Santa Catarina, Justiniano Pedroso, pediu o esclarecimento dos fatos. “Parece uma barbárie, mas precisamos saber o que ocorreu. Não posso simplesmente pré-julgar”, fala, ressaltando que os detentos costumam agredir os agentes prisionais.

 

A Polícia Civil já teve acesso às imagens de tortura e deve apurar o caso. O Ministério Público de Santa Catarina emitiu nota garantindo que vai investigar as agressões. O procurador-geral de Justiça, Gercino Gomes Neto, diz esperar que o governo afaste os agentes prisionais envolvidos.

 

Mais agressões


Em março deste ano, o presídio de Tijucas, a 50 quilômetros da capital catarinense, também registrou agressões a apenados durante uma operação para retirada de drogas, telefones celulares e armas. O caso é apurado pela Polícia Civil e o Ministério Público.

 

Dos 350 presos, 143 foram agredidos, segundo o juiz corregedor da unidade, Pedro Walicoski Carvalho, que encomendou laudos e fotografias das lesões. Segundo a delegada Luana Chaves, a investigação aponta que não houve reação dos detentos antes de serem espancados, na operação realizada em março.

Presos são torturados em Santa Catarina

 

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