Machismo e preconceito atrapalham mulheres dentro de empresas, diz pesquisa

O estudo aponta que 78% dos homens avaliam como normal a mulher para de trabalhar para cuidar da família

Por: Antonio Temóteo

O machismo e o preconceito contra a mulher ainda são os principais motivos que atrapalham o empoderamento do sexo feminino nas empresas. Pesquisa do Data Popular aponta que 78% dos homens avaliam como normal a mulher para de trabalhar para cuidar da família. Por outro lado, 54% do público masculino sente vergonha de outra pessoa do mesmo sexo que deixa o mercado formal para cuidar dos filhos e do lar.

Na avaliação do presidente do Data Popular, Renato Meireles, apesar de as mulheres ganharem destaque no mundo corporativo, na maioria das companhias ainda existe uma cultura de machismo que impera nas relações de trabalho. Conforme ele, isso fica claro na medida que as diferenças salariais entre os sexos masculino e feminino são maiores de acordo com o nível de renda. “Nas classes A e B a diferença no contracheque entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo é maior do nos extratos populacionais C e D”, destacou.

Para piorar a situação, a pesquisa do Data Popular indica que um terço dos homens acha constrangedor ser chefiado por uma mulher. Apesar das disparidades, Meireles destacou que esse assunto começa a deixar de ser um tabu nas empresas e nas universidades para que mudanças na cultura das organizações possam criar uma equidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. “Isso precisa mudar, uma vez que não há uma justificativa para que existam essas diferenças salariais. A cultura do machismo é grande e precisa ser desmistificada”, completou.

Oportunidades

Durante o Fórum Momento Mulher, a Unilever apresentou o programa da empresa de conquistar, até 2015, a equidade entre homens e mulheres em cargos de destaque no quadro de funcionários. Somente no Brasil, a companhia possui 13.300 trabalhadores. A gerente de Recursos Humanos da companhia, Claudia Cavalcante, destacou que essa meta deve cumprida antes da data limite, uma vez que 49% dos postos de chefia são preenchidos por mulheres.

Ela destacou que essa estratégia faz parte do negócio da empresa, uma vez que o perfil de consumo das famílias e o processo de decisão de ir as compras em 80% dos casos são do público feminino. “Temos essa disposição de valorizar as mulheres, mas a meritocracia é a base do nosso metodo para atrair e reter talentos. As novas gerações se preocupam em se sentir reconhidas nas empresas e não são mais atraidas apenas por propostas de longo prazo”, destacou.

Claudia também explicou que em meio a esse contexto de valorização das mulheres nas organizações uma polêmica surgiu quando companhias criaram cotas no quadro de trabalhadores para ser prenchidos pelo sexo feminino. “A pessoa deve ser contratada pela sua competência e por isso temos como base a meritocracia”, opinou.

*O repórter viajou a convite da Unilever

Fonte: Correio Braziliense

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