A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala será a primeira mulher africana a dirigir a OMC

A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, de 66 anos, será a próxima diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). A nomeação, repleta de simbolismo por ser a primeira vez que uma mulher assume o cargo, e a primeira também que recai em alguém nascido na África, será efetivada em 1º de março e se prolongará pelo menos até 31 de agosto de 2025, data que poderá ser estendida. A decisão, adotada nesta segunda-feira numa reunião especial do Conselho Geral da OMC, formado por 164 países e territórios, ocorre num momento delicado da organização, em plena crise do multilateralismo e após meses de bloqueio devido à recusa dos Estados Unidos em respaldá-la quando Donald Trump ocupava a Casa Branca.

A próxima diretora-geral, sétima pessoa a assumir a liderança do organismo mais relevante do comércio global, conta com uma ampla bagagem internacional: trabalhou durante 25 anos no Banco Mundial e foi ministra das Finanças da Nigéria por dois mandatos. A outra candidata ao cargo, a ministra do Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee, abandonou a disputa 10 dias atrás, o que deixou seu caminho livre.

Os EUA eram o único país que apoiava Yoo e haviam expressado seu veto a Okonjo-Iweala, bloqueando uma decisão consensual para eleger o novo responsável pela organização multilateral, que deve ser adotada por unanimidade.

 

Continue lendo aqui

 

+ sobre o tema

Agência reafirma morte de menina de 8 anos em lua de mel

Apuração da agência de notícias Reuters indica que chefes...

Governo diz que dará suporte em casos de gravidez de anencéfalos

STF decidiu que não é crime interromper gestação de...

Conservadorismo e Criminalização das Mulheres

Mulheres todos os dias morrem ao abortar. Nós lutamos...

para lembrar

Equiparação salarial é realidade na justiça brasileira?

Ainda que a Consolidação das Leis Trabalhistas (artigo 461)...

Mercado de trabalho ainda é desafio para as transexuais

O dia 9 de setembro de 2020 foi um...

Bebês sob encomenda: o caso Payton Cramblett Zinkon

Jennifer Cramblett e Amanda Zinkon são casadas e residem...

Conceição Evaristo, por Adriana Graciano

Risky, thought Paul D, very risky. For a used-to-be-slave...
spot_imgspot_img

Sueli Carneiro analisa as raízes do racismo estrutural em aula aberta na FEA-USP

Na tarde da última quarta-feira (18), a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP) foi palco de uma...

O combate ao racismo e o papel das mulheres negras

No dia 21 de março de 1960, cerca de 20 mil pessoas negras se encontraram no bairro de Sharpeville, em Joanesburgo, África do Sul,...

Ativistas do mundo participam do Lançamento do Comitê Global da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver

As mulheres negras do Brasil estão se organizando e fortalecendo alianças internacionais para a realização da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem...
-+=