África chamada a cooperar com imprensa na educação para a paz

Africa 21 –

Mombasa – Os governos africanos foram instados quarta-feira (16), em Mombasa (Quénia), a trabalhar em estreita colaboração com a imprensa na transmissão de “mensagens positivas” capazes de educar as populações a saber preservar a paz e combater a violência.

Este apelo foi lançado no termo de uma conferência regional sobre a “Educação para a Paz” que, de 14 a 16 deste mês, reuniu delegações governamentais de alguns países africanos vítimas de conflitos, para estudar formas de combater a violência através da Educação.

O encontro decorreu na cidade portuária de Mombasa, a cerca de 500 quilómetros da capital queniana, Nairobi, na presença de ministros da Educação ou seus representantes bem como especialistas da sociedade civil e de organismos internacionais ligados ao sector educativo.

No seu comunicado final assinado pelos ministros da Educação presentes, a conferência sublinha que a paz “não é necessariamente a ausência de guerra” e que ela deve ser “alimentada e sustentada nos nossos corações e nas nossas mentes sobretudo em tempo de estabilidade”.

O documento adianta ainda que a ameaça que os conflitos, a insegurança e a instabilidade representam para o desenvolvimento económico, social e cultural dos países africanos impõe a necessidade de “garantir a boa governação, a democracia e a promoção dos direitos humanos”.

Por isso, os signatários do documento apelam a todos os Governos africanos a trabalhar “com todos os parceiros, e em particular com a imprensa, para promover mensagens positivas” a favor da paz.

Os Governos africanos são igualmente instados a “legislar contra o discurso do ódio e a comunicação inflamatória com vista a proteger os cidadãos e garantir a preservação da paz e da estabilidade”.

Reconhecendo a Educação como um “importante instrumento para promover a cultura da paz”, os signatários consideram que ela deve ir além da aquisição de conhecimentos e habilidades “para procurar transformar os corações e as mentes e permitir aos seres humanos viver em harmonia”.

Para se atingir essa harmonia, prossegue o documento, é imperioso que os educandos assumam a sua diversidade racial, religiosa e cultural “como uma parte importante do seu património nacional”.

A reunião de Mombasa foi conjuntamente organizada pelo Ministério queniano da Educação e pela Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) com o objectivo de estudar formas de adaptar os sistemas educativos à função de prevenção e resolução de conflitos.

A nível de Estado, estiveram presentes delegações ministeriais de Angola, da África do Sul, da Côte d’Ivoire, da República Democrática do Congo (RDC), do Sudão, do Uganda e do anfitrião Quénia.

Outros inicialmente convidados estiveram ausentes por impedimentos de última hora, segundo os organizadores do evento, referindo-se aos casos de Madagáscar, Libéria, Ruanda, Serra Leoa e Zimbabwe.

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