A África do Sul e seus oito países parceiros – Botswana, Gana, Quênia, Madagascar, Maurício, Moçambique, Namíbia e Zâmbia – vêm trabalhando na candidatura do SKA desde 2003.
Joanesburgo – Joanesburgo – África do Sul e Austrália vão dividir a localização do maior radiotelescópio do mundo. O radiotelescópio vai ‘varrer’ o céu 10 mil vezes mais rápido e apresentar sensibilidade 50 vezes maior que qualquer outro já existente.
Após nove anos de esforços por parte das equipes de candidatura da África do Sul e da Austrália, o comitê independente SKA Site Advisory Committee (SSAC), que integra especialistas de renome mundial, fez avaliações técnico-científicas de possíveis locais para a implantação do radiotelescópio na África do Sul e na Austrália, e elegeram, por consenso, a África. Para efeito de inclusão, a Organização SKA vai considerar construir um dos três componentes receptores do SKA na Austrália.
Após reunião, os membros da organização decidiram dividir o projeto, atitude inesperada devido à busca intensa por um único local. “A recomendação do SSAC foi aceita como a decisão mais acertada e sólida em termos científicos. Aceitamos o compromisso em nome da ciência, e em reconhecimento do primoroso trabalho desenvolvido pelos nossos cientistas e pela excelente equipe de projeto do SKA”, disse a ministra sul-africana de Ciência e Tecnologia, Naledi Pandor.
Um dos aspectos mais importantes da decisão original foi o reconhecimento do telescópio MeerKAT, que está sendo projetado e construído em Karoo (Northern Cape – África do Sul) por cientistas e engenheiros sul-africanos como um elemento essencial para a implantação do SKA. O MeerKAT complementará a estrutura de antenas parabólicas do radiotelescópio durante a primeira e sensível fase do projeto, fornecendo grande parte da área de recepção para o radiotelescópio mais sensível do mundo.
A África do Sul e seus oito países parceiros – Botswana, Gana, Quênia, Madagascar, Maurício, Moçambique, Namíbia e Zâmbia – vêm trabalhando na candidatura do SKA desde 2003. A proposta final foi enviada para o SKA Siting Group em 15 de setembro de 2011. Com base na análise dos fatores técnicos, científicos e outros, o SSAC votou unânime a favor da proposta africana e se manifestou favorável aos planos de implantação e fatores de custo apresentados pela candidatura africana. Consequentemente, o SSAC recomendou a África do Sul e demais países parceiros como o local preferido para a construção do SKA.
“O projeto SKA é um empreendimento científico global que visa a construir um dos maiores instrumentos científicos já concebidos. Ele está sendo projetado para nos ajudar a encontrar respostas para perguntas importantes nos domínios da física, astronomia e cosmologia. Assim, poderemos compreender melhor a origem e o funcionamento do universo enquanto novos e inesperados fenômenos serão revelados para nos desafiar. Desde 2005, já distribuimos mais de 400 bolsas para estudantes de pós-doutorado, PhD e mestrado, bem como para alunos de graduação”, completa Pando r.
Fonte: Portal Digital