Binho Cultura lança coleção de livros infantis

Lançada no último sábado (dia 7), a Coleção Amigoteca, composta por livros infantis escritos pelo articulador Binho Cultura, busca resgatar o contato entre filhos e pais. Organizador da Feira Literária da Zona Oeste, o escritor montou uma biblioteca em casa, após deixar a escola aos 17 anos de idade

Do Brasil247

Foto: Tânia Neves

Favela 247 – O articulador social e cultural Binho Cultura, como George Cleber Alves da Silva é mais conhecido, lançou, no último sábado (dia 7), na Biblioteca Parque Estadual (BPE), a Coleção Amigoteca. A série de livros infantis é formada por títulos como “Aninha A Peixinha Bailarina”, “Não Existe Bicho Papão” e “O Menino Que Lia”, todos baseados em histórias reais. O objetivo do autor ao lançar os volumes é resgatar o contato entre filhos e pais em tempos de tecnologia.

Filho de um carpinteiro e de uma dona de casa, Binho Cultura começou a ler antes de completar 4 anos, de acordo com matéria do jornal O Globo publicada em 8 de dezembro de 2013. Deixou a escola aos 17 anos e, um ano depois, montou a Biblioteca Quilombo dos Poetas. Montado com livros de vizinhos e amigos, o local, que funciona na casa dele, na Vila Aliança, foi o primeiro do tipo em Bangu e arredores (Zona Oeste). “Não tive acesso a muitos livros por causa dos altos preços, mas, ainda assim, me tornei escritor”. Binho Cultura também é o responsável pela organização da Feira Literária da Zona Oeste (Flizo) .

Por cultura.rj

Leitura para pais e filhos

O articulador cultural Binho lança série de livros infantis na Biblioteca Parque

Já na infância, George Cleber Alves da Silva desenvolveu a paixão pelos livros. Hoje, conhecido como Binho Cultura, ele se tornou articulador social e cultural, montou uma biblioteca em sua própria casa, organizou a Feira Literária da Zona Oeste (Flizo) e lança uma série de livros infantis na Biblioteca Parque Estadual (BPE). Neste sábado, 07/06, Binho apresenta ao público a Coleção Amigoteca, exatamente um ano após a publicação de seu primeiro livro A História Que Eu Conto.

O autor revela que por trás das obras existe a vontade de resgatar o contato entre filhos e pais, em uma era em que a tecnologia os afasta – através dos tablets e redes sociais. Restabelecer o hábito de contar histórias e movimentar a imaginação das crianças são os objetivos principais da coletânea que surgiu a partir de uma colônia de férias homônima criada por Binho.

Todos os livros são baseados em histórias reais. Para escrever Aninha A Peixinha Bailarina, Binho se inspirou em uma menina que levou um peixe para apresentar à turma em que dava aula. A relação de amor entre os dois, a menina e seu peixinho, é um mote para ilustrar a sensibilidade familiar. Não Existe Bicho Papão, o segundo livro do autor, trata dos fantasmas da infância, lembrança revivida a partir do contato com o filho. “A leitura guia as crianças para um mundo mágico dentro de seus quartos. A cama vira um barco, coberto é vela e bichos de pelúcia ganham vida”, diz.

Em O Menino Que Lia, o toque especial vem de experiências infantis do autor, morador de Vila Aliança, Zona Oeste da cidade. “Não tive acesso a muitos livros por causa dos altos preços, mas, ainda assim, me tornei escritor. Quis, de uma forma muito lúdica, mostrar a minha história, de como um garoto da favela se tornou um jovem intelectual. É um livro sobre sonhos e realizações.” As páginas finais estão em branco como convite para a criança escrever ou ilustrar suas próprias histórias. “Nesse público pode ter futuros escritores e ilustradores, não quero que eles demorem o mesmo tempo que eu, quero dar esta oportunidade”, diz.

Por isso, Binho está prestes a colocar em prática mais uma de suas ideias. Ele pretende abrir uma editora para escritores mirins sob o selo da Flizo. Com participações pontuais na cultura e educação, o encontro de pré-lançamento também ocorreu na Biblioteca Parque do Estado, nesta última quinta-feira (05).

“Considerando tudo que os adolescentes escrevem por dia nas redes sociais e colocando em texto corrido, deve dar mais de cinco páginas. Conversas digitadas entre amigos, podem virar peça de teatro, por exemplo. Todos são capazes de se tornar escritores, basta direcionar o gênero. O aluno precisa perceber que ler também é divertido e não só obrigatório”, conclui o autor.

Colaboração de Yzadora Monteiro

 

 

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