Busca de Serra por vice vira piada

Problemas para definir o segundo integrante na chapa de Serra tornam-se prato cheio para humoristas. Partido diz que o nome não sairá na convenção deste sábado

 

A demora na escolha do nome do vice de José Serra (PSDB-SP) à Presidência da República transformou-se em brincadeira virtual. Até mesmo um “concurso cultural” em que o interessado deve escrever uma frase com motivos para ocupar a vaga foi lançado. O cartaz aponta, inclusive, os jurados: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Arthur Virgílio (PSDB) e o presidente do DEM, Rodrigo Maia. O nome do vice não deve ser anunciado na convenção do partido marcada para este sábado, em Salvador.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que a escolha será feita após o encontro que vai oficializar o nome de Serra. O senador já foi cotado para a vaga, mas garante que vai disputar a Câmara dos Deputados. Depois da negativa do ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) para o cargo, novos nomes surgiram. Entre eles, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). O PP negociava a indicação do senador Francisco Dornelles (PP-RJ). Entretanto, o nome dele agora apresenta restrições, já que foi autor da polêmica emenda que alterou o tempo verbal da proposta do Ficha Limpa no Senado. Serra vem minimizando a demora. Disse que o partido tem todo o mês de junho para definir um nome.

Cupido
O tucano é protagonista de charges que caíram na rede. Todas destacam a busca do ex-governador de São Paulo por um vice. Aproveitando o Dia dos Namorados, Serra aparece, em uma delas, vestido de Cupido, segurando um coração: “Procuro um vice”. Em outra, o tucano está sentado com caixas de chocolate ao lado. “Serra, esquece. Você já comeu um carregamento de kinder-ovo e nada”, diz um homem. O presidenciável responde: “Já falei. Só saio daqui quando encontrar um vice.” O kinder-ovo é conhecido por vir com uma supresa em seu interior.

Ontem, o tucano passou o dia em São Paulo e participou de encontro com representantes dos departamentos de psiquatria da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O pré-candidato criticou o Plano Nacional do Crack, lançado pelo governo Lula, e prometeu financiar internações de dependentes químicos em clínicas especializadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Há uma resistência à ideia de que se possa ter clínica especializada para dependente químico. Isso é considerado equivalente às questões de saúde mental, porque não se poderia segregar o doente mental de outros tipos de doença, mas os hospitais gerais não são bem equipados”, afirmou.

Ameaça de greve de fome no Maranhão
Diante da chance de o Diretório Nacional do PT fazer uma intervenção no Maranhão, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) anunciou a realização de vigílias e greve de fome, caso a legenda desfaça o apoio ao candidato Flávio Dino (PCdoB-MA) ao governo do Maranhão. Depois de resolvida a pendência entre PT e PMDB em torno do candidato ao governo de Minas, Hélio Costa (PMDB), a cúpula petista vai se reunir no dia 11 para tratar da questão do Maranhão. Nos bastidores, integrantes da direção nacional afirmam que será anulada a decisão do encontro de 26 e 27 de março na qual os petistas, por 87 a 85 votos, decidiram apoiar Dino. Essa foi a maneira encontrada pela direção para avalizar a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB) e atender à exigência do pai da governadora, José Sarney (PMDB).

Lula: Dilma ao caneco

Fã de comparações esportivas e apaixonado por futebol, pelo Corinthians e pela Seleção Brasileira, Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu ontem durante entrevista à rádio FM Jangadeiro, de Fortaleza (CE). Perguntado se preferiria o caneco na África do Sul ou a vitória na eleição presidencial para Dilma Rousseff, o presidente afirmou que ficaria com a pré-candidata petista. “A resposta vai fazer com que alguns adversários meus coloquem como manchete de jornal que ‘Lula não quer que a seleção ganhe o título’. Obviamente que eu prefiro que o candidato que eu apoio ganhe porque estou pensando é no Brasil para os próximos quatro, para os próximos oito anos”, respondeu Lula.

Em seguida, no entanto, o presidente mostrou que, para ele, não existe necessidade de fazer uma opção. “Agora, obviamente, a Seleção Brasileira vai ganhar. Eu fico analisando: não temos adversários. Não temos muitos adversários. Não tem muita novidade para a Copa do Mundo. Em 18 Copas, o Brasil sozinho ganhou quase que um terço”, ponderou o presidente, otimista com a equipe de Dunga.

Fonte: Correio Brasiliense

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