Campinas lança Cartilha de Saúde da Mulher Negra nesta segunda-feira

A Secretaria de Saúde de Campinas e o Comitê Técnico de Saúde da População Negra estão lançando a “Cartilha de Saúde da Mulher Negra”. O objetivo do documento é preparar a rede para o atendimento desta população, deixando os profissionais de saúde atentos para doenças que têm incidência maior na raça negra, facilitando seu diagnóstico. O lançamento da cartilha, direcionada para todos os serviços de saúde do município, será no dia 27 de outubro, segunda-feira, no Ceprocamp (Centro de Educação Profissional de Campinas Prefeito Antonio da Costa Santos), às 14h.

A cartilha foi elaborada por um corpo técnico da Secretaria de Saúde e foi baseada em estudos que apontam as doenças que mais acometem as mulheres negras. “O documento pretende auxiliar a entrada desta população em nossos serviços e orientar os profissionais que prestam atendimento para que tenham um olhar mais específico e um diagnóstico precoce”, explica a médica ginecologista Verônica Gomes Alencar.

O secretário de Saúde de Campinas, Cármino Antonio de Souza, ressaltou a importância da publicação. “Sabemos que cuidados específicos são fundamentais e os profissionais devem ter informações e praticar ações de orientação e acompanhamento desta população. Fico muito satisfeito com o trabalho do grupo técnico voltado ao tema que tem discutido e produzido textos e orientações. A informação é sempre a melhor forma de avançarmos e protegermos nossa gente”, disse o chefe da pasta, que parabenizou a iniciativa.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra constitui, atualmente, mais de 50,7% do total da população do país – a maioria desse contingente é mulher. 

De acordo com o Ministério da Saúde, existe um consenso entre estudiosos sobre doenças prevalentes na população negra. Conforme informa o ministério, há as genéticas como anemia falciforme, deficiência de glicose; as que são adquiridas em condições desfavoráveis, como desnutrição, anemia ferropriva, doenças do trabalho, DST/HIV/AIDS, mortes violentas, mortalidade infantil, abortos sépticos, estresse, depressão, tuberculose; e as que são agravadas ou em que há dificuldade no tratamento, como hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, insuficiência renal crônica, câncer, entre outras.

Fonte: Campinas.sp 

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