DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Domingo, 20 de novembro, a partir das 14h.
Celebrado em 20 de novembro, data do assassinato de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes do movimento contra a escravidão, o Dia da Consciência Negra é um importante momento de consideração e conscientização sobre a influência da cultura e do povo africano na formação da identidade nacional e da história brasileira.
Em 2011, a Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura comemora a data com mostra de curtas-metragens, apresentação musical, contação de histórias e um sarau especial, tudo isso dedicado à reflexão sobre a importância da cultura negra na nossa sociedade. Confira!
MOSTRA DE CURTAS
14h –4BLACK’S FILMS FOR ALL COLOURS PEOPLE
Para abrir as comemorações do Dia da Consciência Negra, a Casa das Rosas exibe a mostra 4BLACK’S FILMS FOR ALL COLOURS PEOPLE, quatro curtas-metragens dirigidos por Ari Candido Fernandes, cineasta, fotógrafo e reconhecido ativista da comunidade negra. Candido chegou a coordenar o Projeto Zumbi e foi um dos idealizadores do “Dogma Feijoada”, movimento cinematográfico que questiona os estereótipos e o modelo perverso de representação do negro veiculado pelo cinema e pela TV.
MARTINHO DA VILA PARIS 1977
Brasil, 1977, 8 min.
Enquanto a câmera capta imagens de ruas e edifícios de Paris, o sambista Martinho da Vila reflete a respeito das diferenças e semelhanças entre a capital francesa e o Rio de Janeiro.
O RITO DE ISMAEL IVO
Brasil, 2003, 12 min.
Retrato biográfico do bailarino negro Ismael Ivo. Além de imagens de suas performances, o filme reúne depoimentos nos quais o artista fala sobre seu trabalho, sua concepção da dança e sobre os mitos sociais que teve de enfrentar por ser negro.
O MOLEQUE
Brasil, 2005, 13 min.
Com Zezé Motta, Abayomi de Oliveira, Maria Ceiça e outros.
Filho de uma lavadeira é ridicularizado por outros meninos por ser negro. Adaptação do conto homônimo de Lima Barreto.
JARDIM BEBELÉU
Brasil, 2009, 13 min.
Com José Wilker, Flávio Bauraqui, Thalma de Freitas e outros.
Itamar trabalha exaustivamente para sustentar Roseli, sua esposa, e duas filhas. Um dia, voltando do trabalho, é assaltado por Corisco Sputnik. Ele perde todo seu dinheiro e é humilhado pelo sogro, após lhe pedir um empréstimo. Resolve, então, vender seu revólver e, no trajeto, reencontra Sputnik. A partir disso, ele ganha sua chance de redenção.
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
15h – KIRIKU
Com grupo Cia. Cínica.
Na África Ocidental, nasce um menino minúsculo, cujo tamanho não alcança nem o joelho de um adulto e que tem um destino: enfrentar a poderosa e malvada feiticeira Karabá, que secou a fonte d’água da aldeia de Kiriku, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Uma história que celebra a coragem, a curiosidade e a astúcia de uma comunidade subjugada a uma terrível feiticeira. Depois, todos poderão fazer uma viagem lúdica por meio da oficina de confecção de boneca de pano abayomi.
OFICINA
15h40 – CONFECÇÃO DE ABAYOMI
Com Cia. Cínica.
Abayomis são bonecas de pano artesanais, muito simples, feitas com sobras de pano reaproveitadas, apenas com nós, sem cola ou costura, e com o uso mínimo de ferramentas. Sempre negras, representam personagens de circo, da mitologia, orixás, figuras do cotidiano, contos de fada e manifestações folclóricas e culturais africanas.
SARAU
16h – SARAU EM HOMENAGEM A SOLANO TRINDADE
Francisco Solano Trindade, o “Poeta do Povo”, artista negro cuja preocupação com as questões raciais e sociais era a base de sua produção artística, escreveu sobre a fome, o preconceito e as desigualdades sociais, e teve papel fundamental na formação cultural negra do país. Esse sarau é dedicado a este importante, mas ainda pouco conhecido, poeta. Todos estão convidados a declamar a vida e a obra de Solano Trindade e a literatura afro-brasileira!
MÚSICA
17h30 – GRUPO MARACATU BLOCO DE PEDRA
Com Bloco de Pedra.
O Bloco de Pedra é um grupo de maracatu de baque virado da cidade de São Paulo. Com uma formação contemporânea, representa a tradição secular desta manifestação cultural afro-brasileira através da percussão, da dança e do canto, com todo o gracejo e o vigor da cultura popular brasileira. O maracatu de baque virado é mais do que musicalidade. Envolve também costumes e peculiaridades da história brasileira e é uma cultura viva há mais de 200 anos. Representa o povo negro, herdeiro de coroas e de tradições, o escravo brasileiro que recriou seus costumes, sua religião e sua cultura.
Data da temporada: Dia 20/11/11
Dias e horários:
Domingo, 14:00
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Fonte: Casa das Rosas