O comerciante Luiz Henrique Silva Roque, de 25 anos, que teve os dados usados por um homem condenado por homicídio, roubo e envolvimento com milícia, vai processar o estado do Rio. O criminoso, ainda sem identificação, é conhecido como Cara de Cavalo e está preso no Maranhão.
Por Cíntia Cruz, do Extra
— Já acionei uma advogada. Vou pedir indenização não só pelas duas prisões, mas por meu nome não ter saído dessa ação. Tenho vergonha de falar meu nome completo — disse Luiz, preso em 5 de novembro de 2012 por seis dias, e detido por agentes da Polícia Rodoviária Federal, na semana passada, em uma blitz na Rodovia Rio-Santos, em Itaguaí.
Um despacho no processo criminal, de 2014, confirma que Luiz Henrique e Cara de Cavalo, após confronto de digitais, são pessoas distintas. Apesar disso, no site da Polícia Civil, ainda há matéria com a foto e o nome do comerciante.
No processo em que Luiz figura como réu, também respondem Sebastião de Sousa Macario, o Russinho, que está foragido, e Alessandro de Araújo Lacerda, o Nem Tatuagem, julgado e absolvido. O Tribunal de Justiça do Rio disse que o juízo está insistindo no recambiamento do indivíduo que usa nome falso, ainda sem identificação. Disse também que a Justiça fez o que estava ao seu alcance para não prejudicar Luiz Henrique, inclusive determinando o recolhimento dos mandados de prisão que tinham sido expedidos em seu nome. A Polícia Civil não respondeu.