De Santo André para a África, Cacau ganha respeito dos alemães na Copa

Por: Carlos Augusto Ferrari e Thiago Correia

 

Torcedores rasgam elogios ao brasileiro naturalizado e o enchem de apoio em nome de uma boa campanha do país no Mundial de 2010

 

 

Nem Klose, Podolski, muito menos Schweinsteiger. A esperança alemã na Copa do Mundo da África do Sul está em Claudemir Jerônimo Barretto, um paulista de Santo André com poucas oportunidades em times brasileiros, mas com o faro de gol apurado na Europa. Aos 29 anos e na maior chance da carreira, Cacau supera o preconceito e a desconfiança para cair no gosto do sempre carrancudo povo alemão.

 

Durante a festa de mais de quatro mil torcedores no Super Stadium, local do primeiro treinamento da Alemanha na África do Sul, nesta segunda-feira, Cacau virou unanimidade. Todos acreditam que ele poderá repetir na seleção o sucesso que vem tendo no Stuttgart para tentar levar o país ao quarto título mundial na história.

 

– Ele está melhorando a cada momento. No começo, ninguém achava que ele fosse bom, mas agora ele pode ser um dos atacantes mais importantes da Alemanha – disse o torcedor Fabian Havien.

 

A confiança é tanta que alguns chegam a vislumbrar uma decisão exatamente contra o Brasil. Mais que uma vingança pela derrota na final da Copa de 2002, disputada na Coreia do Sul e no Japão, eles querem um gol brasileiro para levantar a taça

 

– Ele é bom. Nós vamos ganhar a final contra o Brasil, e cacau vai marcar o gol do título – projetou Norbert Marin.

 

Os alemães garantem que não se importam com o fato de ter em sua seleção um jogador que não nasceu no país. O grupo contra ainda com outros quatro atletas naturalizados: os poloneses Podolski, Trochowski e Klose, além do bósnio Marin. No passado, outro brasileiro, Paulo Rink, também defendeu o time germânico.

 

– Acho que Cacau é um grande jogador. Não vejo problemas em ter um estrangeiro na seleção. Acho que cada um tem o direito de jogar onde quiser – explicou August Hans.

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A Alemanha viajou à África do Sul, aliás, para quebrar tabus. Além de Cacau, o grupo conta ainda com outros dois negros: Boateng e Aogo, ambos nascidos no país. Em 2002, o ganês naturalizado alemão Asamoah também participou do Mundial.

 

 

Fonte: Globoesporte

 

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