Tucano se esquivou dos trabalhadores
O pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra, não participou de nenhuma comemoração do Dia do Trabalho, apesar de ter sido convidado ao que parece, sentiu-se sem espaço diante das comemorações com centenas de milhares de trabalhadores no seu próprio Estado. Para alguém que pretende ser presidente da República, o povo deveria ser seu elemento – até os presidentes da ditadura compareciam a manifestações de trabalhadores no 1º de maio. Mas Serra é diferente. Foi para Camboriú, em Santa Catarina, onde esteve em um encontro da Assembleia de Deus. Por pouco não se declara exilado de São Paulo, tomada pelos trabalhadores. Como se sabe, ele nunca foge. Sempre se exila. Em Camboriú, Serra foi saudado por pastores que pediram orações para ele. “O povo não só ora como vota”, esclareceu o pastor Reuel Bernardino.
O tucano pediu que rezassem para que ele tivesse “sabedoria para enfrentar as lutas de desafios daqui por diante”. Após o evento, concedeu entrevista negando ter ido lá em busca do voto evangélico. Certamente, deve ter sido uma súbita conversão.
Ao deixar o executivo paulista para se candidatar, Serra até recitou “Operário em Construção”, de Vinícius de Moraes. No dia dos trabalhadores, preferiu a companhia do atual governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, advocacia administrativa e quebra de sigilo funcional.
Fonte: Dia da caça