Pesquisa realizada pela Universidade de Michigan apontou ainda que mulheres com mais de três filhos passam mais de 28 horas por semana cozinhando e limpando
Por ANA CAROLINA CASTRO, do MdeMulher
Um estudo recente comprovou o que muitas mulheres já suspeitavam: maridos dão muito trabalho. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Michigan mostrou que ter um marido cria uma carga extra de sete horas de trabalho doméstico por semana para as mulheres. Para os homens, ter uma esposa o isenta de uma hora de tarefas de casa a cada semana.
A conclusão dos pesquisadores é de que a culpa está na má distribuição dos afazeres domésticos entre o casal – a mulher quase sempre é forçada a assumir sozinha a responsabilidade pelo lar. “É um padrão bem conhecido. Ainda ocorre uma redistribuição significativa do trabalho após o casamento. Os homens tendem a trabalhar mais fora de casa, enquanto as mulheres assumem a maior parte do trabalho doméstico”, disse Frank Stafford, do Instituto da universidade que dirigiu o estudo. “E a situação fica ainda pior para as mulheres quando têm filhos”, acrescentou.
As descobertas de Stafford são baseadas na análise de dados coletados desde 1968 pelo instituto sobre a dinâmica da renda familiar. Os pesquisadores avaliaram as atividades diárias dos participantes e questionaram homens e mulheres sobre quanto tempo eles gastavam cozinhando, limpando ou fazendo outras tarefas domésticas.
Eles descobriram que mulheres jovens e solteiras despendiam cerca de 12 horas semanais em tarefas da casa. Já as mulheres casadas com mais de 60 anos gastavam quase o dobro deste montante. As mulheres com mais de três filhos revelaram passar mais de 28 horas por semana cozinhando e limpando.
Por mais impressionantes que sejam estes dados, o estudo aponta que no passado a diferença era ainda mais gritante. Em 1976, as mulheres faziam uma média de 26 horas de trabalho doméstico por semana, enquanto os homens faziam apenas seis.
Leia Também:
“O casamento é um risco para a vida das mulheres”, diz médica especialista em saúde mental feminina