EUA temem admitir força do Brasil, diz jornal britânico

The Guardian criticou postura de Obama durante visita de Dilma

 

 

Apesar das boas novas noticiadas pela mídia brasileira sobre a visita da presidente, Dilma Rousseff, aos EUA, em relação a outros parceiros internacionais o Brasil não recebeu o tratamento adequado à sua importância geopolítica durante a ocasião, afirmou o principal jornal britânico, The Guardian, nesta quarta-feira (11).

O artigo ressalta que Dilma á a segunda pessoa mais importante do hemisfério ocidental e que o presidente americano, Barack Obama, gastou muito mais tempo caçando ovos de páscoa no jardim da Casa Branca do que no encontro com a líder brasileira.

Ao comparar a visita da Dilma à Washington, capital americana, com a de outros líderes de nações de estatura política e econômica parecida, de fato, a presidente brasileira não recebeu nem metade da pompa que Rússia, China e Índia normalmente recebem.

O texto diz ainda que o Brasil é de longe o país dos BRICS (grupo formado por Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul) menos respeitado pelos EUA. O mais curioso é que dentre estes países, o Brasil é aquele que mais se assemelha culturalmente aos americanos e desfruta de valores como democracia e livre-mercado, que não são totalmente partilhados pelos outros os membros dos BRICS.

Para o The Guardian, Obama, assim como outros americanos, teme que ascendência da nação tupiniquim possa ofuscar e competir com o poder dos EUA na região. Uma das primeiras lições que as crianças americanas aprendem na escola sobre política externa é a famosa Doutrina Monroe que determinou que a América (continente inteiro incluindo América central, sul e Caribe) seria dos norte-americanos o que afastou influências externas da região, e permitiu que eles dominassem solitariamente o território por mais de 200 anos.

Atualmente, com o crescimento econômico e a importância política e cultural do Brasil, os americanos estão assistindo a falência da Doutrina Monroe e a ascensão de um competidor na região à altura. A política externa dos EUA está tentando fechar os olhos para o destaque do Brasil no mundo, mas um artigo crítico como este e escrito por um jornal inglês mostra que os tupiniquins chegarão mesmo que seja pela porta dos fundos. Aí vale a máxima do professor Zagallo.

 

 

Fonte: R7

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