Entre 2013 e 2014, foram documentados 312 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil, de acordo com relatório divulgado pela ONG Grupo Gay da Bahia (GGB). Os números representam um assassinato a cada 28 horas. E o ano de 2014 começa ainda mais violento: só em janeiro foram assassinados 42 homossexuais, um a cada 18 horas.
Com isso, o Brasil continua sendo o campeão mundial de crimes homo-transfóbicos, segundo agências internacionais, concentrando quatro quintos (4/5) de todas execuções do planeta, sendo que 40% dos assassinatos de transexuais e travestis no ano passado foram cometidos no Brasil.
Os estados que lideram a violência são Pernambuco e São Paulo, onde mais vítimas foram assassinadas. Já os estados de Roraima e Mato Grosso são considerados os mais perigosos para esse segmento. Manaus e Cuiabá foram as capitais onde registraram-se mais crimes homofóbicos.
Quando as regiões são analisadas, o Nordeste é a mais violenta, com 43% de homocídios. Os estados menos violentos foram o Acre, sem notificação de mortes de homossexuais nos últimos três anos, seguido do Amapá e do Espirito Santo, respectivamente com 1 e 2 ocorrências.
O maior número de vítimas desses homicídios são os gays masculinos, com 59% dos casos; travestis representam 35%, lésbicas 4%. Bissexuais também constam na lista, representando 1%.
O levantamento de mortes inclui 10 suicidas gays que tiveram como motivo de seu desespero não suportar a pressão homofóbica, como aconteceu com um jovem de 16 anos, de São Luís, que se enforcou dentro do apartamento.
Nos Estados Unidos (cuja população tem cerca de100 milhões de habitantes a mais que o Brasil), foram registrados 16 assassinatos de transexuais em 2013, enquanto aqui foram executadas 108 “trans”.
Fonte: Capital News