Em um país onde o desemprego atingiu 27,2% da população em janeiro e 59,3% dos jovens entre 15 e 24 anos, cobrar salários atrasados pode ser arriscado. Ao menos foi o que ocorreu com cerca de 30 trabalhadores imigrantes de uma fazenda de morangos no sul da Grécia.
Ao se reunirem em um grupo de cerca de 200 empregados para cobrar os valores devidos, eles foram baleados por ao menos um supervisor de uma fazenda no vilarejo de Peloponeso.
A maioria dos imigrantes era de Bangladesh. Eles tiveram que ser levados a um hospital, mas nenhum está gravemente ferido, segundo a BBC.
O dono da fazenda na comunidade de Nea Manolada, 260 quilômetros a oeste da capital Atenas, e um capataz foram presos. Há mandados de prisão para outros dois homens.
Segundo a agência de notícias AP, o capitão de polícia da cidade, Haralambos Sfetsos, disse que os trabalhadores “se moveram de forma ameaçadora” quando foram alvejados.
A região já havia ganhado espaço na mídia após casos de exploração de imigrantes e outras agressões. Em 2008, trabalhadores entraram em greve contra as condições desumanas de trabalho na fazenda.

Imigrante mostra ferimentos do conflito. Foto: Giota Korbaki/AFP
A Grécia está em recessão profunda desde o início da crise mundial em 2008. O país precisou adotar intensas medidas de austeridade, como cortes de salários e empregos no setor público, para receber dois planos de resgate internacionais.
Ainda assim, a país deve seguir em recessão até pelo menos 2015, quando deve crescer 0,8%. Até lá, estimativas da consultoria Economist Intelligence Unit indicfam que o PIB grego vai encolher 5,5% neste ano e mais 2% em 2014.
Em meio à crise, cresce o apoio e o poder de partidos de extrema-direita e anti-imigrantes, como o neonazista Aurora Dourada, que obteve cerca de 7% dos votos nas eleições legislativas de julho passado.
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Fonte: Carta Capital