Investiga Menina! incentiva atuação de estudantes negras na Ciência

Coordenadora do projeto, Anna Benite, explicou como ocorre a aproximação das meninas com pesquisadoras

Do Jornal UFG

Professora Anna Canavarro Benite: projeto busca apresentar outra epistemologia possível (Foto: Imagem retirada do site Jornal UFG)

Com o objetivo de desmistificar a ciência como uma atividade unicamente masculina, branca e de laboratório, o projeto Investiga Menina! tem buscado incentivar estudantes negras a escolherem carreiras nas Ciências Exatas. Fruto de uma parceria entre o Coletivo Negro/a Ciata da Área de Exatas, do Laboratório de Pesquisa em Química e Inclusão do Instituto de Química (IQ) da UFG com o movimento negro feminista do Estado de Goiás, Grupo de Mulheres Dandara no Cerrado, o projeto envolve estudantes de graduação e pós-graduação do IQ, coordenados pela professora Anna Canavarro Benite.

A Rádio Universitária conversou com a professora Anna Benite, também presidenta do Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e Negras, que falou sobre o impacto do projeto na vida dessas meninas com idade entre 12 e 16 anos, que estudam em escolas públicas e passam a ter contato com pesquisadoras negras. “Tratamos o lugar do reconhecimento e um mundo de possibilidade se abre”, afirmou.

De acordo com a professora, o projeto busca apresentar uma outra epistemologia possível na construção do conhecimento científico. Nesse sentido, há apresentações às estudantes envolvidas de trajetórias e produções científicas africanas e da diáspora, protagonizadas por mulheres. Além disso, o ensino das Ciências Exatas é realizado com base na discussão da construção da subalternidade, principalmente da mulher negra. “É um projeto de intervenção pedagógica, que está na escola trabalhando com conteúdos curriculares e promoção de vivências culturais”, explicou Anna Benite. Confira a entrevista completa:

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