Concentração do ato, que ocorre neste sábado (24), será no Masp; mulheres desmitificam o ditado ‘quem cala, consente’, dizendo que sexo sem consentimento é estupro e que nem sempre a vítima consegue dizer “não”
A Marcha das Vadias volta às ruas de São Paulo neste sábado (24) com o tema “quem cala, não consente”, desmitificando o ditado popular. As mulheres explicam que sexo sem consentimento é estupro e que nem sempre a vítima consegue dizer “não”. A concentração do ato será no vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp), ao meio-dia.
A cada ano o protesto enfoca o problema da violência de gênero sob um aspecto diferente. Desta vez, as organizadoras problematizam a ideia de que se a mulher não recusou o ato sexual verbalmente, nem lutou fisicamente até o esgotamento, ela consentiu e permitiu a violência. “O velho ditado ‘quem cala, consente’, é utilizado para justificar a agressão”, esclarecem.
O ato deste sábado tem, portanto, por objetivo, combater a cultura da naturalização da violência contra as mulheres. Defende também, segundo as realizadoras, a construção de uma cultura de diálogo, de respeito e de humanização.
Este é o quarto ano de realização do protesto. No ano passado, mais de três mil pessoas compuseram a manifestação.
Fonte: Brasil de Fato