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    Ceam/GDF

    Distrito Federal: Secretaria da Mulher mantém atendimentos durante lockdown; confira serviços

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    Motoristas argentinos terão de fazer curso sobre igualdade de gênero para ter habilitação

    Cartas de mulheres assírias encontradas em escavações revelam sua atuação nas redes de comércio da época (Foto: VANESSA TUBIANA-BRUN)

    As mulheres que chefiavam ‘empresas’ há 4 mil anos

    As mulheres usam a mandioca tradicionalmente para cozinhar e sabem prepará-la de várias maneiras.(Foto: TANIA LIEUW-A-SOE/CEDIDAS)

    As mulheres que cultivam mandioca no Suriname para vendê-la nos Países Baixos

    Getty Images

    Pesquisa mostra que, apesar de homens morrerem mais, as mulheres são mais impactadas no dia a dia da pandemia

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Março por Marielle e Anderson

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    O que as mulheres têm a ver com o Plano Diretor?

    Mulher vítima de agressões fez um "X" na mão para pedir ajuda — Foto: Arquivo Pessoal

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      O Rio de janeiro continua… segregacionista

      Ashanti: nossa pretinha/Malê Mirim

      Literatura infantil para incentivar a autoestima em crianças negras

      Imagem: Frazer Harrison/Getty Images

      Globo de Ouro 2021: atores lamentam ausência de negros entre jurados

      O coletivo Lótus Feminismo é provavelmente um dos primeiros grupos a discutir feminismo asiático no Brasil (Foto: Reprodução/Instagram)

      Feminismo asiático: mulheres amarelas lutam contra a erotização e o racismo 

      Christian Ribeiro (Foto: Arquivo Pessoal)

      (Para que o absurdo não se torne razão) As vezes é necessário se falar o óbvio: RACISMO REVERSO NÃO EXISTE!

      "Justiça para Daniel Prude": protesto em Rochester em setembro de 2020 (Foto: Reuters/ L. DeDario)

      EUA: agentes que asfixiaram homem negro nem serão julgados

      Neca Setubal Imagem: Sergio Lima/Folhapress

      A inaceitável desvinculação do investimento em educação e saúde

      Zilda Maria de Paula (à esq.), líder das mães de Osasco e Barueri, conversa com Josiane Amaral, filha da vítima Joseval Silva Imagem: Marcelo Oliveira/UOL

      Defesa de réus de chacina tenta desacreditar mães de vítimas, diz defensora

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      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

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        Espetáculo Negra Palavra | Solano Trindade (Foto: Mariama Prieto)

        Identidades negra e indígena são tema do Palco Virtual de cênicas com leituras e espetáculos em construção de teatro e dança

        Beth Belisário (Foto: Divulgação)

        Beth Belisário, do bloco Ilú Obá de Min, abre série especial da coluna Um Certo Alguém em sinergia com a Ocupação Chiquinha Gonzaga

        Imagem 1 – Tear e poesia do fotógrafo Fernando Solidade

        Festival de Imagens Periféricas apresenta a multiplicidade cultural de São Paulo através da fotografia

        As mulheres usam a mandioca tradicionalmente para cozinhar e sabem prepará-la de várias maneiras.(Foto: TANIA LIEUW-A-SOE/CEDIDAS)

        As mulheres que cultivam mandioca no Suriname para vendê-la nos Países Baixos

        A escritora brasileira Carolina Maria de Jesus durante noite de autógrafos do lançamento de seu livro "Quarto de Despejo", em uma livraria na rua Marconi, em São Paulo (SP). (São Paulo (SP), 09.09.1960. (Foto: Acervo UH/Folhapress)

        Carolina Maria de Jesus ganha título de Doutora Honoris Causa da UFRJ

         Instagram/@teresacristinaoficial/Reprodução

        Teresa Cristina, que já era imensa, saiu ainda maior do programa Roda Viva

        Filipe Nyusi agradeceu ao "povo irmão" da China pelo envio das primeiras vacinas contra a covid-19 Foto: HANNIBAL HANSCHKE

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              Maria Lamadrid

              05/06/2009
              em Afro-latinos e Caribenhos, Mulher Negra
              24 min.

              Maria Lamadrid

              Maria Lamadrid

              A população negra resultante do tráfico de escravos durante os séculos de dominação espanhola do Vice-Reinado do Rio da Prata exerceu papel de grande importância na história da Argentina. Ao longo dos séculos dezoito e dezenove, ela compreendia até cinquenta por cento da população em algumas províncias e impactou profundamente a cultura nacional. No século dezenove ela declinou drasticamente em número, como resultado do efeito combinado do fluxo migratório, alimentado pela Constituição de 1853, e a elevada taxa de mortalidade entre os negros. Essa aparente supressão foi mais o resultado de uma representação histórica do que de uma realidade empírica. Realizou-se, em 2006, em relação a essa questão, um recenseamento-piloto na região de Montserrat, em Buenos Aires, e Santa Rosa de Lima, Santa Fe, o qual revelou que 5% da população argentina admite ter ancestrais de origem africana e que outros 20% acreditam que poderiam compartilhar essa ancestralidade, mas dela não têm certeza. Tal pesquisa apóia a alegação do Centro de Estudos Genéticos da Escola de Artes e Ciências da Universidade de Buenos Aires (UBA), a qual estima que 4,3% dos habitantes das regiões da periferia de Buenos Aires possuem marcadores genéticos que indicam ancestralidade africana.3 4 Existe, ainda hoje, uma notável comunidade afro-argentina no distrito de San Telmo, em Buenos Aires.

              Introdução e origem dos africanos durante a colonização

              Como parte do processo de Conquista, os regimes econômicos das colônias européias nas Américas desenvolveram várias formas de exploração do trabalho forçado por parte dos povos indígenas. No entanto a densidade relativamente baixa da população de alguns dos territórios sul-americanos, a resistência de alguns grupos indígenas à aculturação e, especialmente, a elevada taxa de mortalidade entre aqueles que foram submetidos, o tipo do trabalho e as doenças introduzidas pelos europeus resultaram no declínio da população nativa, o que levou os colonizadores a recorrer à mão de obra fornecida por escravos da África sub-sahariana. O México e o Peru perderam 90% de sua população indígena nos primeiros cinquenta anos após a Conquista.

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              Até boa parte do século dezenove, a mineração e a agricultura constituíam o grosso da atividade econômica das Américas. Os africanos ofereciam aos conquistadores a vantagem, devido à proximidade geográfica, de já terem sido expostos às doenças européias e, ao mesmo tempo, já estavam naturalmente adaptados ao clima tropical das colônias. No caso da Argentina, o influxo de escravos africanos começou nas colônias do Rio da Prata em 1588, embora essas primeiras entradas fossem, em grande parte, resultado do contrabando. O tráfico floresceu através do porto de Buenos Aires, quando foi concedido aos britânicos o privilégio de fazer entrar certa quantidade de escravos por ele. Para fornecer escravos às Índias Orientais, os reis da Espanha mantiveram contratos (asientos) com várias companhias, sobretudo espanholas e portuguesas. Em 1713 a Inglaterra, vitoriosa após a Guerra da Sucessão Espanhola, assegurou o monopólio do tráfico. O derradeiro asiento foi estabelecido com a Real Sociedade das Filipinas, em 1787. Até a proibição de 1784, os negros eram medidos e, em seguida, marcados com ferro em brasa.

              Quanto à origem do tráfico, antes do século dezesseis os escravos haviam chegado em número relativamente pequeno, provenientes do arquipélago de Cabo Verde, mas a maioria dos africanos introduzidos na Argentina eram originários dos territórios das atuais Angola, República Democrática do Congo, Guiné e a República do Congo. Pertenciam ao grupo étnico que se expressa em línguas bantu. Grupos de iorubás e de ewes foram levados em grande número ao Brasil, porém esse contingente ainda assim foi mais limitado.

              Avalia-se que trinta milhões de africanos foram embarcados para as Américas, dos quais chegaram vivos seis milhões, que entraram sobretudo pelos portos de Buenos Aires, Montevidéu, Valparaiso e Rio de Janeiro. É preciso notar que cerca de quatro milhões dos que vieram são antepassados a população afrobrasileira.5

              Os escravos foram encaminhados ao trabalho na agricultura, criação de gado, atividades domésticas e em ofícios diversificados. Nas áreas urbanas, muitos escravos saíam pelas ruas vendendo diversos produtos e o resultado de seus ganhos era entregue a seus senhores. Os bairros portenhos de San Telmo e Montserrat abrigavam grande quantidade de escravos, embora a maioria se encontrasse no interior. O recenseamento realizado por Juan José de Vértiz y Salcedo, em 1778, apresentou resultados muito elevados naquelas províncias em que houve aumento da produção agrícola: 54% de escravos na província de Santiago del Estero, 52% na província de Catamarca, 46% na província de Salta, 44% na província de Cordoba, 42% na província de Tucuman, 24% na província de Mendoza, 20% na província de La Rioja, 16% na província de San Juan, 13% na província de Jujuy e 9% na província de San Luis. Em outras províncias os escravos constituíam parte importante da população. Uma dos bairros populares da cidade de Corrientes é conhecido até hoje como Camba Cuá, do guarani kamba kua, “cova dos negros.”

              Quanto à cidade de Buenos Aires, o mesmo recenseamento estimou em 15.719 o número de espanhóis, 1.288 indígenas e mamelucos, 7.268 negros e mulatos. Em 1810 havia 22.793 brancos, 9.615 negros e mulatos e apenas 150 indígenas. A região mais densamente povoada por negros localizava-se no bairro de Montserrat, também denominado Barrio del Tambor, a alguns quarteirões do atual Congresso.

              As nações 

              Os africanos se agrupavam em sociedades que eles denominavam nações, entre elas a nação Conga (de morenos), Cabunda, Argentina Africana, Mozambique etc.

              Suas sedes tinham, em comum, lugares abertos e com o chão coberto de terra ou areia, onde se dançava. Havia também espaços internos, fechados. Em alguns deles as salas eram atapetadas e havia cortinas nas janelas, graças ao desprendimento de algum senhor. A nação tinha seu rei e sua rainha, na verdade democraticamente eleitos e que não possuíam corte, bem como um trono, colocado no melhor lugar da sala, com a bandeira de cada nação. Havia também um tablado que, entre outras coisas, era usado para acomodar os grandes dignitários, incluindo Juan Manuel de Rosas, sua esposa e filha, como se vê em um quadro pintado por Martín Boneo . Realizavam-se, nesses locais, tertúlias e danças.

              As nações se aglomeravam em quarteirões negros, a exemplo do Tripe e do Tambor. O Tripe era o mais importante de Buenos Aires e se compunha de 16 quarteirões, no bairro de Montserrat. Seu nome se devia ao fato de que seus moradores consumiam grande quantidade de tripa, apregoada pelos vendedores, aos gritos de tripe, tripe! Quanto ao nome Tambor, era muito comum, pois esse era o instrumento preferido, no que se referia às danças e cânticos.

              Algumas vezes os escravos eram comprados por indivíduos, diretamente no exterior, através de um comissário. Eis, por exemplo, o trecho de uma carta enviada do Rio de Janeiro:

              Senhor, pela escuna Avila, comunico-vos que procedi à compra de uma escrava, aqui. Ela tem por volta de treze ou quatorze anos, nasceu no Congo e seu nome é Maria. Afirmo-vos que paguei quinhentos pesos, quantia pela qual foi comprada.
              Saúdo-vos.

              Afro-Argentinos
              Afro-Argentinos

              Os africanos na formação da Argentina

              Apesar de a escravidão ser tão difundida, testemunhas da época afirmaram que em Buenos Aires e Montevidéu os escravos eram tratados com menos crueldade do que em outras regiões.

              José Antonio Wilde, em seu livro Buenos Aires desde 70 años atrás (1810-1880), escreveu que que:

              Os escravos haviam sido tratados com genuíno afeto por seus senhores e não existia termo de comparação com o tratamento que eles recebiam em outras colônias. 

              Isso, entretanto, não o impedia de reconhecer que:

              As senhoras atormentavam mais ou menos esta desventurada fração do gênero humano, que apresenta-se, em geral, muito mal vestida.

              A mesma opinião sobre os bons tratos recebidos pelos escravos foi externada por estrangeiros. Por exemplo, Alexander Gillespie, capitão da marinha, durante a invasão inglesa, escreveu, em suas memórias, que muito o surpreendeu o quanto os escravos eram bem tratados, em contraste com nossos fazendeiros e os da América do Sul, e prosseguia:

              “Estes infelizes desterrados de seu país tão logo são comprados em Buenos Aires, o primeiro cuidado do senhor é instruir o escravo na língua falada no lugar e o mesmo se dá em relação aos princípios gerais e às crenças de sua fé”. …”Os senhores, conforme observei, mostravam-se igualmente atentos no que concernia a moral doméstica. Toda manhã, antes que a senhora fosse à missa, ela congregava as negras em um círculo, sentadas no chão, jovens e velhas, dando-lhes trabalhos de agulha e costura, de acordo com suas capacidades. de atenderem à missa, congregados em um círculo negro, sentados no chão, moços e velhos, recebiam suas tarefas, de acordo com suas capacidades. Todo mundo parecia jovial e não duvido que as reprimendas também fizessem parte daquele círculo. Antes e depois do almoço e do jantar, um deles se apresentava para pedir a benção e agradeciam. Eram ensinados a considerar isso um importante dever, o qual era sempre cumprido com solenidade”. 

              Em 1801 foram organizadas as primeiras milícias negras, agregadas à Companhia dos Granadeiros como um corpo militar segregado dos demais.

              Durante os dias das Invasões Inglesas (1806), houve uma rebelião de escravos negros em Buenos Aires, encorajados pelo fortalecimento do abolicionismo da escravidão, por parte da Inglaterra. Eles acreditavam que a expedição inglesa viria principalmente para dar-lhes sua independência. No entanto o general inglês, William Carr Beresford, não tinha a menor simpatia pelo movimento. O porta-voz dos brancos em Buenos Aires, Juan Martín de Pueyrredón, alegou que haveria o risco de arruinar a base econômica do país, caso a escravidão fosse eliminada rapidamente. Ele pedia uma ação em favor de suas propriedades e, assim, Beresford ordenou que se comunicasse aos escravos que eles deveriam entender que os ingleses não estavam lá para modificar a atual situação (“é o atalho mais curto a se tomar”, escreveu Pueyrredón em julho de 1806, numa carta enviada a seu padrasto, em Cadiz). Tal medida haveria de contribuir para a derrota da ocupação inglesa, pois levou os escravos a lutar contra eles.

              Em seguida à derrota dos ingleses, o Cabildo de Buenos Aires declarou ser o principal objetivo “ver como banir a escravidão em nosso solo.” Em 1812, Bernardo de Monteagudo foi impedido de assumir sua participação no Primeiro Triunvirato, devido à sua “mãe questionável”, uma referência a seus antepassados africanos. O paradoxo é que Bernardino Rivadavia foi um dos que levantaram a objeção, já que ele também descendia de africanos.6 A XIII Assembléia do Ano, o primeiro órgão constitutivo da Argentina, ordenou a libertação das crianças escravas, mas não reconheceu o direito, então existente, à emancipação dos escravos. Muitos deles faziam parte das milícias e das tropas irregulares que acabariam por constituir o exército argentino, mas sempre em esquadrões segregados, a exemplo dos Estados Unidos. No entanto, se eles não estivessem de acordo com seus senhores, poderiam pedir para serem vendidos e até mesmo encontrar quem os comprasse.

              No Exército do Norte, comandado por José de San Martin e Manuel Belgrano, os escravos libertos constituíam até 65% por cento da tropa. San Martin chegou à conclusão de que havia 400.000 afro-argentinos que poderiam ser recrutados para o exército, no interior.

              Os exércitos da independência recrutaram um grande número de escravos existentes nos territórios conquistados pelos realistas, oferecendo-lhes em troca a liberdade. Muitos deles participavam do Batalhão N. 8, que fez parte da linha de frente por ocasião da Batalha de Chacabuco, durante a qual houve muitas perdas de vidas humanas.

              Durante o governo de Juan Manuel de Rosas a população negra de Buenos Aires chegou a 30%. Data daquela época a introdução do carnaval argentino, semelhante ao do Rio de Janeiro e ao Mardi Gras de Nova Orleans, bem como o desenvolvimento de ritmos como o candombe e a milonga, que formariam parte integral do folclore da Argentina. Sabe-se que Rosas tinha grande apreciação pela população negra e comparecia frequentemente aos candombes. Muitos dos gaúchos que desempenhavam tarefas nos campos, àquela época, eram afro-argentinos.

              Em 1837 Rosas promulgou uma lei proibindo expressamente a venda de escravos no território e, em 1840, complementou-a, decretando a total abolição do tráfico de escravos através do Rio da Prata e sob todas suas formas. A Constituição Nacional de 1853 aboliu a escravidão, mas legalmente foi apenas com a reforma da Constituição, em 1860, que ocorreu a completa liberdade dos escravos trazidos por seus senhores estrangeiros ao território argentino.

              A escravidão foi abolida oficialmente na Argentina em 1813 mas, no entanto, muitos negros ainda eram mantidos como escravos, e a liberdade somente lhes seria concedida sob a condição de lutar durante as guerras do país. Por esse motivo, os negros serviram muito desproporcionalmente na guerra contra a Espanha, em favor da independência da Argentina. Quando se observa o elevado número de negros mortos na guerra, em comparação com os argentinos brancos, chega-se à conclusão de que eles foram usados como bucha de canhão, sendo destacados deliberadamente para combater nas linhas de frente. Na verdade, quando se examina a história argentina, vê-se que seu governo enviou propositalmente tantos negros quanto possível para participar do perigoso serviço militar, isto para não mencionar o fato de “matar dois coelhos com uma cajadada só”, quando se mandava os afro-argentinos lutar contra os indígenas, a quem os argentinos brancos também desprezavam.

              Até a abolição da escravidão, em 1853, a Lei do Resgate forçava os senhores de escravos a ceder 40% deles para o serviço militar. Aqueles que cumprissem cinco anos de serviço obteriam a alforria, mas isso raramente ocorreu.

              Enquanto os negros argentinos estavam sendo mortos nas guerras, as negras argentinas não tinham companheiros e, assim, elas começaram a ter crianças mestiças com os imigrantes europeus. Isso criou outro problema para os afro-argentinos, já que possuir antepassados africanos não era considerado algo apropriado, chegando até mesmo a ser encarado como um fardo para muitos mulatos. Foi por esse motivo que muitos mulatos claros passaram por brancos ou trigueños (trigueiros) e chegavam até mesmo a tomar o cuidado de não se associarem com a comunidade afro-argentina. Dada a obsessão dos argentinos por se tornarem uma nação branca, passar por branco tornou-se algo praticado pelos mulatos na Argentina. Na realidade, era muito raro encontrar um mulato que, tendo essa oportunidade, não a utilizasse, dada suas vantagens.

              A ironia é que, para os afro-argentinos, um negro livre na Argentina tinha menos oportunidades de sobrevivência do que um negro escravizado. Este último era encarado como um investimento e, assim, era bem cuidado. Por outro lado, aos negros libertos restavam ofícios subalternos, muito mal remunerados, ou então eles se tornavam mendigos nas ruas. Por esse motivo a pobreza, na comunidade afro-argentina, foi terrível. Grande número de negros morreram de doenças, pois não tinham como pagar cuidados médicos apropriados. Assim, quando se junta tais fatores às políticas racistas de imigração, do governo argentino, se tem os motivos do declínio da comunidade negra da Argentina.
              O mandato de Domingo F. Sarmiento como presidente da Argentina, de 1868 a 1874, foi um dos dois fatores que a história tradicional atribui à morte em massa dos afro-argentinos: a Guerra do Paraguai (1865-1870) e a epidemia de febre amarela em Buenos Aires (1871). Sarmiento havia expressado fortes ideias racistas e um claro posicionamento sobre a necessidade de se eliminar o componente afro-argentino da população.

              Após a abolição da escravidão os afro-argentinos viveram em condições miseráveis e sujeitos à discriminação. A prova é que as quatorze escolas existentes em Buenos Aires, em 1857, admitiram apenas duas crianças negras, apesar do fato de que entre os alunos daquele ano, 15% eram de cor. Do mesmo modo, em 1829, em Cordoba, apenas os afro-argentinos que entravam na escola secundária podiam permanecer nela por dois anos, em vez dos quatro anos de frequência dos argentinos brancos. Até 1853 as universidades não permitiam alunos negros em seu corpo discente.

              Os afro-argentinos começaram a publicar jornais e se organizar tendo em vista a defesa comum. Um dos jornais, El Unionista, publicou em 1877 uma declaração de iguais direitos e justiça para todas as pessoas, independentemente da cor da pele. Em uma das edições lia-se o seguinte:

              ” …a Constituição é letra morta e são abundantes os Condes e Marqueses, que seguindo o antigo e odioso regime colonial, pretendem tratar seus subordinados como escravos, sem compreenderem que, entre os homens que humilham, existem muitos que ocultam, sob suas toscas vestimentas, uma inteligência à daquele que os ultraja.”

              Havia outros jornais, tais como La raza africana, o sea el demócrata negro e El proletario, \A Raça africana ou O Democrata Negro e o Proletário, ambos de 1858. Na década de 1880 publicavam-se, em Buenos Aires, cerca de vinte desses jornais. Devido a essa atividade organizativa, alguns estudiosos dos movimentos sociais têm considerado que foram os afro-argentinos que introduziram o socialismo e a ideia de justiça social na cultura argentina.7

              Alguns afro-argentinos também tiveram participação política. Por exemplo, José M. Morales, ativo coronel das milícias, tornou-se deputado provincial e, mais tarde, senador provincial em 1880, ao passo que o coronel Domingo Sosa tornou-se deputado duas vezes e constituinte em 1853.

              O que aconteceu com a população negra?

              Argumenta-se tradicionalmente que a população negra da Argentina declinou desde o início do século dezenove, chegando à insignificância. No entanto um recenseamento realizado em dois locais da Argentina em 2006, sobre o conhecimento que os recenseados tinham de seus ancestrais da África sub-sahariana verificou que 5% da população sabia de sua ancestralidade africana e outros 20% julgavam que isso fosse possível, mas que não tinham certeza. Dado que a imigração européia respondia por mais da metade do crescimento da população argentina em 1960, alguns pesquisadores são de opinião que, no lugar do decréscimo, o que ocorreu foi um processo de “invisibilização” da população afro-argentina e de suas raízes culturais. Outros pesquisadores colocam que houve uma deliberada política de genocídio em relação aos afro-argentinos, o que foi expressado abertamente por muitos euro-argentinos tais como Domingo F. Sarmiento, política essa provavelmente implementada pelo uso de políticas repressivas durante epidemias e guerras, como um instrumento de destruição em massa.7 Tais teorias argumentam que o genocídio pode ter sido usado para explicar o declínio da população. Os estudiosos do tema apresentam considerações semelhantes, mas divergem quanto à atribuição das intenções, que se julgou inicialmente partir das classes dirigentes.

              Motivos da redução

              Entre esses motivos incluem-se:

              • Pesadas perdas, provocadas pelas constantes guerras civis e pelas guerras com o estrangeiro. Os negros formavam um contingente desproporcional do exército argentino durante a prolongada e sangrenta Guerra do Paraguai (1865-1870), na qual foi alta a perda de vidas de ambos os lados. A historiografia oficial mantém que isso resultou no desaparecimento da população negra, ao passo que as reivindicações de genocídio sustentam que o recrutamento desproporcionado era intencional.

              • Epidemias, especialmente de febre amarela, em 1871. Segundo a historiografia tradicional, as epidemias exerceram maior impacto em regiões onde vivia a população mais pobre, ao passo que a visão que sustenta a existência de um genocídio enfatiza os mecanismos repressivos que capacitaram grupos da classe alta a fugirem das regiões afetadas, àquela mesma época, forçando os afro-argentinos a ficarem ali bloqueados e, assim, agravando suas condições de saúde.

              • A emigração, particularmente para o Uruguai e Brasil, onde a população negra era historicamente maior e gozava de um clima político mais favorável.

              • A imigração em massa da Europa, entre 1850 e 1950, impulsionada pela Constituição de 1853, que multiplicou rapidamente a população do país. A exemplo da Austrália dos anos de 1950 a 1980, os imigrantes europeus eram encorajados, enquanto os não europeus eram virtualmente excluídos.

              Domingo F. Sarmiento defendia ideias racistas e foi presidente quando ocorreram os acontecimentos que se atribuiu à mortalidade em massa dos afro-argentinos.

              Domingo F. Sarmiento, presidente durante a grande epidemia de febre amarela e a guerra do Paraguai, acontecimentos a que se atribui o extermínio dos afro-argentinos, tinha forte posição racista e argumentou em favor de se eliminar a população negra. Eis um trecho de seu diário, escrito em 1848, por ocasião de sua viagem aos Estados Unidos:

              Hoje, nos Estados Unidos, a escravidão é uma questão sem solução possível. São quatro milhões são negros e, daqui a 20 anos, eles serão oito. Resgatá-los – quem paga a importância de um milhão de pesos que eles valem? Libertos – o que se fará com essa classe negra, odiada pela raça branca? A escravidão é um parasito que a colonização inglesa deixou agarrado na frondosa árvore das liberdades. Eles não se atreveram a arrancá-lo, quando podaram a árvore, deixando que o tempo a matasse, e o parasito cresceu e ameaça desfolhar a árvore inteira…

              Daí a alguns anos o mesmo Sarmiento escreveu:

              ” Compareço a esta feliz Câmara dos Deputados em Buenos Aires, onde não há gaúchos, negros ou pobres.”
              Citado por Ruchansky

              As expressões de Sarmiento constituem um exemplo da atitude tomada pelo Estado argentino após a abolição da escravidão, modificando as classificações dos recenseamentos para que não permanecessem registros de sua presença, eliminando as categorias de povoação “negra” ou “morena”, fundindo-a com outros grupos sob o rótulo de trigueñas (trigueira).

              Alguns dos escassos pesquisadores da situação dos afro-argentinos, ao terminar o século dezenove, afirmam que seu suposto deslocamento por parte dos imigrantes europeus não é compatível com a taxa de masculinidade destes últimos. Ao contrário, tal dado sugere fortemente um alto grau de mestiçagem entre europeus e afro-argentinos.

              É preciso levar em conta igualmente que os imigrantes europeus não se estabeleceram em grande número nas províncias do norte, onde predominava a população negra.

              Em 1887 a porcentagem oficial da população negra foi computada em 1,8% do total. A partir desse momento ela não será registrada nos recenseamentos. A posição do Estado tornou a ser explícita, ao realizar-se o Censo Nacional de 1895, quando seus responsáveis afirmaram:

              Não tardará que a população fique completamente unificada, formando uma nova e formosa raça branca.12

              A partir de então e durante quase um século, praticamente não se realizaram na Argentina estudos referentes aos afro-argentinos.

              A partir da década de 1930 começaram a ocorrer-se grandes migrações internas de trabalhadores do campo em direção a Buenos Aires e outros centros urbanos, onde eles procuravam integrar-se como operários de fábricas, no processo de industrialização que então se iniciava. A partir da década de 1940 sua presença se ampliou e eles foram denominados com desprezo, por amplos setores da classe média e alta, cabecitas negras.

              Recentemente, nas últimas décadas, começaram a surgir pesquisas tanto históricas como sociológicas, orientadas para a população negra, com resultados que foram recebidos com surpresa e, em alguns casos, rejeição, por amplos setores.

              Mulheres afro-argentinas

              Multiplicaram-se nos últimos anos os estudos, atividades e organizações relacionadas à população afro-argentina. O resultado geral indica uma presença tanto física quanto cultural muito maior do que se supunha oficialmente.

              Mulheres afro-argentinas
              Mulheres afro-argentinas

              Influência cultural

              O tango, música afro-rioplatense

              É possível que o efeito mais duradouro do influxo negro na Argentina tenha sido o tango, que deve parte de suas características às festividades e cerimônias que os escravos realizavam nos chamados tangós, casas de reunião onde se congregavam com permissão de seus senhores. A milonga e a chacarera também se nutrem de sua influência, bem como a payada. Tornou-se famoso o payador Gabino Ezeiza, contrapartida do moreno fictício do romance Martín Fierro. O pianista Rosendo Mendizábal, autor de El entrerriano, era negro, assim como Cayetano Silva, compositor da Marcha de San Lorenzo, além de Zenón Rolón, que escreveu a marcha fúnebre executada em 1882, em honra do Libertador José de San Martin, quando seus restos retornaram à Argentina.

              Na fala argentina comparecem termos africanos, por exemplo mina (utilizado como sinônimo de mulher), mucama, mondongo, quilombo, banana, arroró, marote. Além disso, muitos termos do lunfardo são também da mesma origem, tais como mandinga, milonga, zamba etc. No plano religioso, além das festividades do carnaval, ocorre a veneração ao legendário São Baltazar, o rei mago negro, ainda cultuado popularmente em Corrientes, bem como o culto a São Benedito.

              No entanto o racismo continua sendo importante. Os termos negro, negrita, morocho ou cabecita negra, dirigidos a pessoas de outra classe social, mas com forte conteúdo semântico vinculado à raça, ainda são utilizados, embora suas vítimas sejam, frequentemente, pessoas de origem ameríndia e até mesmo de origem européia.14

              Poemas de afro-argentinos

              No meio de meu povo estou isolado,
              porque onde meu berço balançou
              com ímpeto jogado de lado,
              uma raça de párias sobrou
              e àquela raça pertenço eu
              e nem pátria temos, se ela existe
              em seu seio ela soube nos recrutar;
              sejam as cargas para um homem triste.
              E se um único direito nos assiste,
              há de ser o direito de morrer.
              (1869) Horacio Mendizabal, poeta afroporteño.

              Ah, maldito, maldito mil vezes
              Sejas, branco sem fé,
              tua cruel memória
              é eterna mancha para tua história
              (1878) Casildo Thompson, poeta afroporteño.

              Já não há negro garrafeiro,
              nem tão pouco changador
              nem negro que venda fruta
              muito menos pescador;
              porque esses napolitanos
              até pasteleiros são
              e já nos querem tirar
              o ofício de engomador
              Já não há servente de minha cor
              Porque bachichas todos são;
              Daqui a pouco, Jesus, por Deus!
              Dançarão zamba com o tambor
              Poeta anônimo, provavelmente do final do século dezenove

              Categorias raciais coloniais

              Durante a colônia, as autoridades espanholas elaboraram distintas “variedades” de “cruzamentos”, aquelas derivadas da união de pessoas negras com pessoas de outras origens étnicas. Os nomes utilizados foram:
              • Mulato (provém do termo mula): cruzamento de negro/a com branco/a
              • Terceirão cruzamento de branco/a com mulata/o
              • Quarteirão: cruzamento de branco/a com terceirão/a
              • Quinteirão: cruzamento de branco/a com quarteirão/a
              • Hexadecarão: sexta geração com ancestralidade negra
              • Zambos: cruzamento de negro/a com índia/o
              • Zambos pretos: que têm forte cor negra.
              • Salto atrás: quando um filho era mais negro do que seus pais
              • Morisco: mulato e branco
              • Albino: branco e morisco

              Socialmente, possuir um “cruzamento” na árvore genealógica era uma mácula. Estas classificações, assim como outras, frequentes na cultura colonial, a exemplo de “mestizo” ou “cholo”, eram utilizadas para estigmatizar as pessoas e impedir sua ascensão social. Em alguns casos, conhecidas personalidades históricas se encontravam nessa situação, tais como Bernardo de Monteagudo e Bernardino Rivadavia, classificados como “mulatos”.

              Racismo na Argentina relacionado ao tom da pele

              Na Argentina, conforme ocorreu nos demais países da América, o racismo relacionado ao tom da pele ou à origem africana das pessoas remonta aos tempos da dominação colonial. No regime de castas imposto pela Espanha, os descendentes de pessoas provenientes da África negra ocupavam uma posição mais baixa do que os descendentes de pessoas pertencentes aos povos originários.
              O racismo colonial impregnou, em certa medida, a cultura argentina, conforme evidenciam alguns comentários racistas do presidente Domingo F. Sarmiento ou certas frases incluídas na literatura nacional. Na literatura argentina, essas disputas foram representadas com tintas racistas numa famosa passagem do livro de José Hernández, o Martin Fierro (La ida), publicado em 1870, no qual o principal personagem se bate em duelo com um gaúcho negro, após insultar sua noiva e insultá-lo por meio do seguinte verso:

              Os brancos Deus fez,
              Os mulatos, São Pedro,
              Os negros o diabo fez,
              Para tição do inferno (cap. 7).

              Vários anos mais tarde, em 1878, Hernández publica a segunda parte de seu famoso livro, na qual Fierro sustenta uma famosa payada, em que se debate temas filosóficos, tais como a vida, a criação, a existência etc., com outro gaúcho negro, que é filho do anterior e o único personagem alfabetizado do famoso livro. Demonstrando a evolução do personagem e, provavelmente, da sociedade argentina, em vias de receber milhões de imigrantes europeus, nessa oportunidade Martín Fierro evita o duelo, quando esse parecia inevitável.

              O processo de “invisibilização” deliberada dos afro-argentinos e de sua cultura constitui outra notável manifestação do racismo na Argentina, relacionado ao tom de pelo ou às origens africanas.

              Em 2006 a presidente do Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (INAD), reconheceu a invisibilidade dos afro-argentinos por meio das seguintes palavras:

              Os afros, na Argentina, foram “invisibilizados” e hoje continuam invisíveis. É o resultado de um processo de diáspora produzido pelo escravismo e sua transformação em servidão… A atual estratificação social os empurra para a pobreza.15

              Um tipo especial de discriminação generalizou-se desde meados do século XX, utilizando termos depreciativos tais como “cabecitas negras”, “negros”, “negritas”, “negrada” e que estão relacionados fundamentalmente aos trabalhadores das classes baixas. Em muitos casos, “racializaram-se as relações sociais”16 e utiliza-se simplesmente o termo “negro” para denominar de forma depreciativa o trabalhador ou trabalhadora, sem relação alguma com a cor de sua pele. Nas relações de trabalho é de uso habitual entre as pessoas que exercem cargos de importância nas empresas, no departamento do pessoal, se referirem aos funcionários como “los negros”. Igualmente na vida política é habitual referir-se aos simpatizantes do peronismo como “negros”.

              Nesta particular manifestação do racismo na Argentina, unificou-se no termo “negro” ou “negra”, a discriminação de pessoas pertencentes aos povos originários, como também a discriminação dos migrantes latino-americanos e seus descendentes, e a dirigida aos afro-argentinos.
              Uma manifestação deste racismo atual se encontra nas canções entoadas pelas torcidas de futebol, nas quais é evidente a discriminação por etnia ou nacionalidade. Numa delas, particularmente famosa, acusa-se os torcedores do time Boca Juniors de serem “negros sujos da Bolívia e Paraguai”.17 18

              Organizações

              Africa Vive

              Há recentemente, no país, um interesse crescente pela herança africana da Argentina, bem como por sua comunidade afro-descendente. Um grupo de afro-argentinos denominado Africa Vive, liderado por Maria Lamadrid, tem por missão lutar contra a discriminação, bem como conscientizar a população sobre a difícil situação da comunidade afro-argentina e o lugar que ela ocupa na história do país. Maria Lamadrid, que fundou Africa Vive no final dos anos noventa, tem ajudado a colocar em primeiro plano a questão do racismo e da discriminação na Argentina. Quando jovem, lutou para poder acesso à educação, já que era ao mesmo tempo negra e pobre. Por esse motivo, empregou-se como faxineira para poder se sustentar, como fazem outras mulheres pobres na Argentina.

              Maria viu o racismo bem de perto e o sofreu diariamente. Há alguns anos, quando quis fazer uma viagem ao Panamá, apresentou-se no aeroporto com seu novo passaporte argentino. Quando a funcionária da imigração examinou o passaporte, começou a berrar, dizendo que “era falso” e em seguida deteve Maria. O único motivo da detenção foi a alegação de que “não existem negros na Argentina”.

              Embora Maria enfrente diariamente situações de racismo e discriminação em seu país, isto apenas serve para inspirá-la, bem como Africa Vive, em seu combate em favor da igualdade. Em 1999, Africa Vive organizou uma conferência na Universidade de Buenos Aires contra a discriminação, muito bem divulgada, aliás. Africa Vive também foi convidada para participar da Conferência sobre o Racismo, promovida pelas Nações Unidas em Durban, África do Sul. Nessa ocasião Africa Vive fez uma apresentação sobre a situação sócio-econômica dos afro-argentinos, tais como a elevada taxa de desemprego na comunidade, bem como o problema com a naturalização, que os negros enfrentam devido às políticas racistas de imigração.

              A Argentina tem sido um país que não apenas nega possuir uma comunidade afro-descendente, mas tem feito de tudo para apagar a África de seu passado. A comunidade afro-argentina enfrenta, no momento, altas taxas de desemprego, políticas imigratórias racistas, bem como a negação de sua existência. Há, no entanto, esperança para os negros desse país. Em 2001, grupos afro-descendentes tais como Grupo Cultural Afro, SOS Racismo e, é claro, Africa Vive, uniram-se para convencer um deputado federal a organizar uma cerimônia em memória dos soldados negros que morreram pela independência da Argentina, em muitos casos sendo usados como bucha de canhão. Que semelhante acontecimento tenha ocorrido na Argentina, é um reconhecimento não apenas das contribuições africanas ao país, mas também ele colocou os afro-argentinos sob a luz dos holofotes e foi algo verdadeiramente notável. O evento constituiu, certamente, um largo passo dos afro-argentinos em seu objetivo pela igualdade. Eles, porém, ainda têm muito e muito chão a caminhar, mas com toda certeza existem hoje mais esperanças para a comunidade do que vem acontecendo há muito tempo.

              Criou-se, em 9 de outubro de 2006, o Foro de Afrodescendientes y Africanos en la Argentina, com o objetivo de promover o pluralismo social e cultural, bem como a luta contra a discriminação de uma população que, no país, alcançaria dez milhões de habitantes.15

              O Instituto Nacional contra la Discriminación (INADI) é o organismo público encarregado de combater a discriminação e o racismo.


              Notas

              1. ↑ Casi dos millones de argentinos tienen sus raíces en el Africa negra, Censo Piloto, Clarín, 9 de junio de 2006
              2. ↑ Negros en el país, censan cuantos hay y como viven Clarín, 2 de abril de 2005
              3. ↑ La presencia negroafricana en la Argentina: pasado y permanencia, por Miriam Victoria Gomes, Bolteín digital de la Biblioteca del Congreso, Nº 9, 2006
              4. ↑ citado em Crónica Histórica Argentina, Tomo I, (1968) Ed. CODEX p.180.
              5. ↑ citado em Crónica Histórica Argentina, Tomo I, (1968) Ed. CODEX p. 20.
              6. ↑ Chumbita, Hugo (2004). Hijos del País, Buenos Aires : Emecé, pag. 93.
              7. ↑ a b c d El genocidio negro en Argentina, Argenpress, 2002
              8. ↑ Diario Clarín, 9 de diciembre de 1995
              9. ↑ Buenos Aires Negra, pág 168, Daniel Schávelzon
              10. ↑ Presencia negra y mecanismos de invisibilización, Miriam Gómez, Jornadas de Patrimonio Cultural Afroargentino, Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires, 2006
              11. ↑ La Constitución Nacional de 1853 estabelecia no artigo 25: “O governo federal fomentará a imigração européia”..
              12. ↑ Segundo Censo Nacional 1895, pág 48
              13. ↑ Una mujer denunció que la discriminaron por ser negra, Clarín, 24 de agosto de 2002
              14. ↑ Nas atuais relações trabalhistas argentinas, é habitual qualificar de forma depreciativa os trabalhadoress como “los negros”, conceito que abrange tanto os trabalhadores de pele escura como os de pele clara.
              15. ↑ a b Lanzamiento del Foro de Afrodescendientes y Africanos en la Argentina en la Plaza Dorrego. Diario Clarín, 10 de outubro de 2006.
              16. ↑ Margulis,1998:79 e seguintes.
              17. ↑ Libertad de circulación de los trabajadores en el Mercosur (OIT, 2004)
              18. ↑ Gándara, Lelia Mabel. (1997) “Las voces del fútbol. Análisis del discurso y cantos de cancha”. Literatura y Lingüística, 10, pp. 43 66. ISSN 0716-5811

              Pesquise também:

              • Capilla de los negros (Chascomús)
              • Demografía de Argentina
              • Inmigración en Argentina
              • Composición étnica de la población argentina
              • Inmigración asiática en Argentina
              • Indígenas en Argentina
              • Racismo en Argentina

              Ligações externas

              • Un censo para saber más de la comunidad negra en Argentina. Diario Clarín, 4 de agosto de 2002.
              • Pasado y presente de los negros en Buenos Aires
              • Blacks in Argentina: disappearing acts, por Runoko Rashidi, 1998 (em inglês)
              Bibliografia
              • Gomes, Miriam Victoria (1970). «La presencia negroafricana en la Argentina. Pasado y permanencia», Historia Integral Argentina, tomo V: De la Independencia a la Anarquía. Buenos Aires: Centro Editor de América Latina.
              • Gonzalez Arzac, Alberto (1974). La esclavitud en la Argentina. Polémica.
              • Lanuza, José Luis (1967). Morenada: una historia de la raza africana en el Río de la Plata. Buenos Aires:Schapire.
              • Ruchansky, Emilio (2006). «¿Negros en Buenos Aires?». Adital Documentación (24 de julio de 2006). [1] Consultada el 15 de julio de 2006.
              • Schávelzon, Daniel (1999). Buenos Aires negra, arqueología histórica de una ciudad silenciada.. Emecé. ISBN 950-04-2459-2.
              • Wilde, José Antonio. Buenos Aires desde setenta años atrás. [2].
              Capturado de “http://es.wikipedia.org/wiki/Poblaci%C3%B3n_negra_en_Argentina”
              Categorías: Demografía de Argentina | Historia de Argentina | Afroamericanos
              Categorías ocultas: Wikipedia:Artículos destacados |

              Afro-argentinos notáveis

              • Raul Midon – Músico
              • Gabino Ezeiza – Cantor e poeta
              • Enrique Maciel – Violonista, tocador de bandoneon e compositor
              • Fidel Nadal – Artista de reggae
              • Cayetano Alberto Silva – Compositor
              • Bernardino Rivadavia – Primeiro presidente da Argentinafirst president of Argentina
              • Ramón Carrillo – Neurobiólogo
              • Rosendo Mendizabal – Músico e compositor
              • Casildo G. Thompson – Compositor e escritor
              • Zenón Rolón – Músico
              • Jimmy Santos – Cantor afro-argentino
              • Miriam Gomes
              • Maria Lamadrid
              • Tomas Platero IV Escritor e poeta
              • Santiago Lovell- Boxeador
              • Guillermo Lovell – Boxeador
              • Arturo Rodriguez – Boxeador
              • Pancho Luna – Cantor
              • Valentín Ferreyra – Cantor
              • Pablo Jerez – Cantor
              • Felipe Juárez – Cantor
              • Higinio D. Cazón – Cantor
              • Luis García – Cantor
              • Lucas Fernández – Jornalista
              • Mateo Elejalde
              • Jose Maria Morales – Músico
              • Lucia Molina – Diretora da Casa de Cultura Indo-Afro-Americana

              Ver também

              Argentina portal

              • Afro-Latin American
              • List of Famous Afro-Latinos
              Notas
              1. ^ “Afro-Argentine”. Joshua Project. U.S. Center for World Mission. http://www.joshuaproject.net/peoples.php?rop3=116003. Retrieved on 2008-08-25.
              2. ^ Black Latin America
              3. ^ “Casi dos millones de argentinos tienen sus raíces en el Africa negra”. http://www.clarin.com/diario/2006/06/09/sociedad/s-03801.htm. Retrieved on 2008-11-11.
              4. ^ “Negros en el país: censan cuántos hay y cómo viven”. http://www.clarin.com/diario/2005/04/02/sociedad/s-04815.htm. Retrieved on 2008-11-11.
              5. ^ “La presencia negroafricana en la Argentina: pasado y permanencia, por Miriam Victoria Gomes, Bolteín digital de la Biblioteca del Congreso, Nº 9, 2006”. http://www.bcnbib.gov.ar/bibliopress/bibliopress9-2.htm. Retrieved on 2008-11-11.
              6. ^ “Afroargentines: The Argentimes”. http://www.theargentimes.com/culture/thecity/afroargentines-/. Retrieved on 2009-11-11.
              7. ^ “Presencia negra y mecanismos de invisibilización, Miriam Gómez, Jornadas de Patrimonio Cultural Afroargentino, Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires, 2006”. http://www.buenosaires.gov.ar/areas/cultura/patrimonio/comision/invitacion.php?menu_id=10122. Retrieved on 2008-11-11.
              8. ^ Afro-Argentina & Bolivia
              9. ^ “Contra la discriminación de descendientes de africanos”. http://www.clarin.com/diario/2006/10/10/sociedad/s-03906.htm. Retrieved on 2008-11-11.
              10. ^ “Una mujer denunció que la discriminaron por ser negra, Clarín, 24 de agosto de 2002”. http://www.clarin.com/diario/2002/08/24/s-03001.htm. Retrieved on 2008-11-11.
              Ligações externas
              • Afros All Over
              • Blacks in Argentina: Disappearing Acts
              • In Buenos Aires, Researchers Exhume Long-Unclaimed African Roots
              • Blacks in Argentina — officially a few, but maybe a million
              [show]
              v • d • e
              Immigration to Argentina

              [show]
              v • d • e
              African diaspora


              Fonte: “http://en.wikipedia.org/wiki/Afro_Argentine”
              Categories: Peoples of the African diaspora | Argentine society | Argentine people by ethnic or national origin | African diaspora | Argentines of Black African descent
              Categorias ocultas: “Related ethnic groups” needing confirmation
              Fontes: Wikipedia, la enciclopedia libre
              Wikipedia, the free encyclopedia


              Tradução: Carlos Eugênio Marcondes de Moura

              Tags: afro-latinosafro-latinos e suas lutasMulher Negra
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              • Ela começa mais um dia pensando o que fazer para dar certo na sua independência financeira. Mulher, descendente de índio (avó paterna era índia, Matilde Ana do Espírito Santo – sobrenome católico, como de costume ao catequizá-los) e Assistente Social, formada há 2 anos e meio mas sem oportunidade de exercer a profissão. Tentando entender como funciona a máquina giratória da vida de uma mulher de meio século… É, isso não se aprende na escola…Isso não se aprende com ninguém…A mulher vai vivendo e aprendendo… Leia o Guest Post de Silene Vasconcelos de Farias em wwww.geledes.org.br
              • Hoje às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
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              • Para fechar fevereiro, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Bethania Pereira, que nos convida a pensar sobre as camadas de negação da história do Haiti. Confira um trecho do artigo do artigo"O Pioneirismo haitiano nas lutas pela liberdade no Atlântico"."A partir de 1824, o presidente Jean-Pierre Boyer passou a oferecer terras e cidadania para os imigrantes exclusivamente negros, vindos dos Estados Unidos. Ao chegar no Haiti, as pessoas teriam acesso a um lote de terra, ferramentas e, após um ano, receberiam a cidadania haitiana. A fim de fazer seu projeto reconhecido, Boyer enviou Jonathas Granville como seu representante oficial para os Estados Unidos. Lá, Granville pode se reunir com afro-americanos de diferentes locais mas, aparentemente, foi na cidade de Baltimore, onde ele participou de reuniões na African Methodist Episcopal Church – Bethel [Igreja Metodista Episcopal Africana] e pode se encontrar com homens e mulheres negros e negras. Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Haiti #Liberdade #Direitos #SéculoXIX #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
              • #Repost @naosomosalvo • • • • • • A @camaradeputados, o @senadofederal e o @supremotribunalfederal precisam frear a política armamentista da Presidência da República, que coloca em risco nossa segurança e nossa democracia. 72% da população brasileira é contrária à proposta do governo de que é preciso armar a população: precisamos unir nossas forças e vozes contra esses retrocessos! Pressione agora: www.naosomosalvo.com.br As armas que a gente precisa são as que não matam.
              • No próximo sábado, dia 27 de fevereiro, às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
              • Abdias Nascimento, por Sueli Carneiro “Sempre que penso em Abdias Nascimento o sentimento que me toma é de gratidão aos nossos deuses por sua longa vida e extraordinária história fonte de inspiração de todas as nossas lutas e emblema de nossa força e dignidade. A história política e a reflexão de Abdias Nascimento se inserem no patrimônio político-cultural pan-africanista, repleto de contribuições para a compreensão e superação dos fatores que vêm historicamente subjugando os povos africanos e sua diáspora. Abdias Nascimento é a grande expressão brasileira dessa tradição, que inclui líderes e pensadores da estatura de Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Franz Fannon, Cheikh Anta Diop, Léopold Sedar Senghor, Patrice Lumumba, Kwame Nkruman, Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Steve Biko, Angela Davis, Martin Luther King, Malcom X, entre muitos outros. A atualidade e a justeza das análises e das posições defendidas por Abdias Nascimento ao longo de sua vida se manifestam contemporaneamente entre outros exemplo, nos resultados da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, ocorrida em setembro de 2001, em Durban, África do Sul, que parecem inspiradas em seu livro O Genocídio do Negro Brasileiro (1978) e em suas incontáveis proposições parlamentares.Aprendemos com ele tudo de essencial que há por saber sobre a questão racial no Brasil: a identificar o genocídio do negro, as manhas dos poderes para impedir a escuta de vozes insurgentes; a nos ver como pertencentes a uma comunidade de destino, produtores e herdeiros de um patrimônio cultural construído nos embates da diáspora negra com a supremacia branca em toda parte. Qualquer tema que esteja na agenda nacional sobre a problemática racial no presente já esteve em sua agenda política há décadas atrás, nada lhe escapou. Mas sobretudo o que devemos a ele é a conquista de um pensar negro: uma perspectiva política afrocentrada para o desvelamento e enfrentamento dos desafios para a efetivação de uma cidadania afrodescendente no Brasil, o seu mais generoso legado à nossa luta.” 📷Romulo Arruda
              • #Repost @brazilfound • • • • • • InstaLive Junte-se a nós para uma conversa com Januário Garcia, ícone da história do movimento negro no Brasil, enquanto celebramos o mês da história negra (Black History Month).⁠ ⁠ 📆: Terça-feira, 23 de fevereiro ⁠ ⏱: 18 hs horário de Brasília⁠ 📍: Instagram da BrazilFoundation (@brazilfound)⁠ ⁠ Fotógrafo brasileiro, Januário Garcia há mais de 40 anos vem documentando os aspectos social, político, cultural e econômico das populações negras do Brasil. Formado em Comunicação Visual, passou por prestigiados jornais e grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e é autor das fotos de álbuns icônicos de artistas consagrados. ⁠ ⁠ Januário participa de importantes espaços de memória, arte e cultura do povo negro; é co-fundador do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras, é membro do Conselho Memorial Zumbi e, atualmente, Presidente do Instituto Januário Garcia, um Centro de Memória Contemporâneo de Matrizes Africanas.⁠ ⁠ *⁠ #BrazilFoundation #mêsdahistórianegra #blackhistorymonth #januáriogarcia #brasil @januariogarciaoficial
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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              Parem de nos matar (Portal Geledés)

              Pela afirmação da vida, pela liberdade e contra a brutalidade policial

              03/03/2021
              Foto: Pedro Kirilos/Riotur

              O Rio de janeiro continua… segregacionista

              03/03/2021
              Foto: Divulgação

              Grandes cordelistas têm encontros marcados com os novos tempos, de 6 de março a 24 de abril

              03/03/2021

              1997 - 2020 | Portal Geledés

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