Celso Athayde, CEO da Favela Holding, é o entrevistado do podcast Mídia e Marketing, publicado hoje (18).
Na entrevista, Celso fala sobre a real potência das favelas —e como as marcas podem aproveitar o potencial econômico destes territórios para ampliarem seus mercados.
“A favela se vê como um espaço de potência. As grandes empresas precisam entender que as favelas não querem ser catequizadas. Elas precisam criar ações para estes territórios. É mais inteligente entender a realidade do que está perto de você”, afirma (no arquivo acima, este trecho está a partir de 1:30).
O executivo destaca que 13,6 milhões de pessoas moram em favelas no Brasil. Por isso, teve a ideia de criar, em 2015, a Favela Holding, que já possui mais de 20 empresas.
Fazem parte da holding empresas como a FavelaLog, de logística e a agência de live marketing InFavela. No instituto de pesquisa DataFavela, Athayde trabalha ao lado de Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva. Outra empresa do grupo é a Digital Favela, que trabalha com influenciadores. Na última, Athayde é CO-CEO, ao lado de Guilherme Pierri, da agência Peppery.
“Criamos a holding para desenvolver ações comerciais dentro desses territórios. Com ações para Natura e P&G, nasceu a FavelaLog, uma empresa de logística. Depois criamos o DataFavela, para realizar pesquisas e falar de forma científica sobre a favela”, diz (a partir de 4:01).
Ambev, Facebook e Uber são outras empresas que possuem contratos com a holding, por meio da InFavela.
“As pessoas são a maior potência da favela. Quem mora em favela é empreendedor natural. A face mais expressiva do morador da favela é o desejo de produzir o tempo todo”, afirma Celso, ao reforçar a presença de startups no dia a dia das comunidades.
“As grandes marcas são importantes, desde que elas saibam se comunicar com aquelas pessoas, sobretudo na abordagem inicial. Temos que evitar o “caô social”, quando as empresas se dizem sociais mas apenas contratam pessoas daquele território”, declara (a partir de 10:36).
Athayde ainda fala de outras iniciativas, como a produtora de conteúdo Kondzilla, fundada por Konrad Dantas, o “Kondzilla”. “[Ele] é a maior referência social que temos. É uma das maiores empresas sociais que esse país já teve. É gerador de riqueza e distribuição de renda. Ele é um executivo social, social em sua essência”, afirma (a partir de 24:24).
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