O Ministério Público vai investigar a denúncia de um suposto caso de racismo dentro do campus da PUC-Campinas. A promotora Cristiane Hillal protocola nesta quarta-feira (18/09) um inquérito civil para apurar o caso.
Por Rose Guglielminetti, do Blog da Rose
Segundo a promotora, a ideia não é apenas identificar o aluno do curso de Direito que fez imitações de macaco, enquanto uma aluna recitava o poema “Me Gritaram Negra”, durante um sarau do Centro Acadêmico de Ciências Sociais, mas também avaliar como a universidade lida com a questão e quais iniciativas têm tomado para combater o racismo dentro da instituição.
A promotora lembrou que, em 2017, fez 16 TACs (Termo de Ajustamento de Conduta) com estudantes do curso de Direito da PUC-Campinas, por terem cometido racismo nas redes sociais.
Segundo ela, esses estudantes pagaram multas cujos valores variavam de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil e tiveram de cumprir 124 horas num programa de conscientização e vivência sobre o racismo encampado pelo Centro de Referência de Combate à discriminação Racial. Os alunos participaram de oficinas de convivência, estudo e debate sobre o tema. Tiveram de assistir a filmes, palestras e atender vítimas deste crime.
As penas foram individuais e dependiam da gravidade do conteúdo postado nas redes sociais pelos estudantes.
Apenas um aluno não cumpriu o que foi determinado pelo TAC. Por isso, virou uma ação judicial que pede o pagamento de 100 salários mínimos.
A PUC-Campinas abriu sindicância interna para investigar a denúncia.
Protesto
Na última segunda-feira (16/07) os estudantes fizeram um protesto de repúdio contra o ocorrido no campus.