Quando avistei Taís Espírito Santo, estava aparentemente afoito. A imagem dela, com um vestido verde da cor do mar, paralisou-me. Na minha mente, puxei a voz de Caetano Veloso. A música veio como um perfume que enchia de paz aquele momento.
Por Sérgio Maggio Do Metro Poles

“É negra, é negra, a sua presença. Pelos olhos, bocas, narinas e orelhas, a sua presença. Paralisa meu momento em que tudo começa a tua presença. Desintegra e atualiza a minha presença”
Dona de uma calmaria, Taís é uma rainha preta contemporânea, administradora de um aplicativo para o brasileiro denunciar crimes contra as religiões de matrizes africanas. É também a mulher que cuida de cada passo da carreira de uma das mais influentes personalidades negras deste país: a poeta, atriz, escritora e performer Elisa Lucinda, a qual tenho a honra de dirigir em “L, O Musical”.
A mulher-menina de 30 anos ri dessa definição. Ela sabe o quão é divino ser orixá. É vento, é tempo, é maremoto, é calmaria.