No RJ, entregador de 24 anos é baleado por PM que se recusou a buscar pedido na portaria

Enviado por / FonteMídia Ninja

Nilton Ramon de Oliveira foi atingido na coxa e submetido a uma cirurgia de emergência, e o quadro dele é grave

O cabo da polícia militar Roy Martins Cavalcanti atirou contra o entregador do Ifood, Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, após o trabalhador se recusar a subir até o apartamento do PM. Nilton foi atingido na coxa e submetido a uma cirurgia de emergência, e o quadro dele é grave.

O entregador foi até o endereço de bicicleta, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ao chegar ao portão da residência do cliente, o policial insistiu que o entregador subisse para entregar o lanche pessoalmente. Nilton argumentou que não era obrigado a fazê-lo, e seguiu a recomendação da plataforma de entrega, que garante que o entregador deve entregar o pedido no primeiro ponto de contato, ou seja, na portaria.

O PM Roy Martins se apresentou na 30ª Delegacia de Polícia (Marechal Hermes). A Corregedoria da Polícia Militar iniciou uma investigação. O militar alega ter agido em legítima defesa, alegando que Nilton tentou tomar sua arma, mas, de acordo com testemunhas, isso não ocorreu.

Testemunhas afirmam que tentaram intervir para acalmar a situação, porém os ataques do PM se intensificaram, culminando com o policial sacando sua arma em direção a Nilton e efetuando o disparo.

O momento do tiro não foi capturado nas filmagens. Um dos presentes no local, o atendente Jeferson Coimbra, relatou ter presenciado o momento em que o PM atirou contra o trabalhador.

Amigos e colegas de profissão de Nilton protestaram em frente ao condomínio onde o ataque aconteceu, expressando indignação e solidariedade ao entregador ferido.

O Ifood afirmou, em nota, que a conta do PM Roy Martins foi banida da plataforma. A plataforma afirma “não tolerar qualquer tipo de violência contra os entregadores parceiros”, e também afirmou que o entregador está recebendo apoio jurídico, por meio da atuação de uma advogada do coletivo de defensoras Black Sisters em Law, que acompanhará todo o processo jurídico do caso.

De acordo com a plataforma,”Nilton agiu corretamente”, afirmou a gerente do iFood, Tatiane Alves.

+ sobre o tema

Poesia: Ela gritou Mu-lamb-boooo!

Eita pombagira que riscaseu ponto no chãoJoga o corpo...

Geledés participa do I Colóquio Iberoamericano sobre política e gestão educacional

O Colóquio constou da programação do XXXI Simpósio Brasileiro...

A mulher negra no mercado de trabalho

O universo do trabalho vem sofrendo significativas mudanças no...

para lembrar

PM divulga nota sobre mulher espancada dentro de ônibus

Vídeo flagrou o momento em que um policial militar...

Segunda mãe: “Matando, esculachando, batendo, xingando, forjando”

Por Tatiana Merlino, do Rio de Janeiro, especial para...

O que o racismo tem a ver com a violência policial?

Por: Monique evelle Preciso reforçar o quanto 2014 começou f*da!...

Polícia brasileira matou mais em 5 anos do que a dos EUA em 30

NO BRASIL, SEIS PESSOAS SÃO MORTAS DIARIAMENTE POR POLICIAIS,...
spot_imgspot_img

Desigualdade ambiental em São Paulo: direito ao verde não é para todos

O novo Mapa da Desigualdade de São Paulo faz um levantamento da cobertura vegetal na maior metrópole do Brasil e revela os contrastes entre...

Crianças do Complexo da Maré relatam violência policial

“Um dia deu correria durante uma festa, minha amiga caiu no chão, eu levantei ela pelo cabelo. Depois a gente riu e depois a...

Estudo mostra que escolas com mais alunos negros têm piores estruturas

As escolas públicas de educação básica com alunos majoritariamente negros têm piores infraestruturas de ensino comparadas a unidades educacionais com maioria de estudantes brancos....
-+=