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    Naruna Costa tem 15 anos de carreira como atriz de teatro, cinema e televisão (Bob Wolfenson/Netflix)

    Naruna Costa: “Para me proteger, evitei papéis que sexualizam mulher negra” 

    Karen Luise (Foto: Arquivo Pessoal)

    Mulheres negras: Um duplo desafio para o sistema de Justiça

    Maia Chaka, primeira árbitra negra da NFL (Foto: Denis Poroy/AAF/Getty Images)

    No mês das mulheres, NFL anuncia a contratação da primeira árbitra negra da sua história

    Arte: Rafael Werkema/CFESS

    Lideranças femininas falam sobre seus desafios no simpósio Mulheres, Poder e Sociedade

    Foto: Divulgação

    Lançamenro pesquisa viver em SP no Dia da Mulher

    (Ilustração: LINOCA SOUZA)

    Abismo feminino

    Adobe

    Por dia cinco mulheres foram vítimas de feminicídio em 2020, aponta estudo

    Ronda Maria da Penha, em Salvador, auxilia mulheres vítimas de violência — Foto: Alberto Maraux/ SSP-BA

    Mais de 180 mulheres foram mortas na BA em 2020: ‘É preciso entendimento social para mudar esses dados’, diz pesquisadora

    Reprodução/Facebook

    Março por Marielle: Instituto lança Agenda Colaborativa com ações que denunciam 3 anos de impunidade

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      (Foto: Rui Zilnet)

      Direitos Humanos para quem?

      Reunião da Secretaria da Juventude Carioca, criada pelo prefeito Eduardo Paes (DEM) - PerifaConnection

      Se não investir nos jovens, Rio pode criar população improdutiva no futuro

      Reprodução/Small Axe

      ‘Small Axe’ traz resiliência a histórias de racismo que poderiam ser apenas tristes

      Miriam Leitão (Imagem retirada do site Congresso em Foco)

      Um ano depois, a dúvida é sobre nós

      Goleiro Aranha, em sua segunda passagem pela Ponte Preta Imagem: Ale Cabral/AGIF

      Aranha reclama de racismo no futebol: ‘Era trocado pelo concorrente branco’

      Parem de nos matar (Portal Geledés)

      Pela afirmação da vida, pela liberdade e contra a brutalidade policial

      Foto: Pedro Kirilos/Riotur

      O Rio de janeiro continua… segregacionista

      Ashanti: nossa pretinha/Malê Mirim

      Literatura infantil para incentivar a autoestima em crianças negras

      Imagem: Frazer Harrison/Getty Images

      Globo de Ouro 2021: atores lamentam ausência de negros entre jurados

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      Ivanir dos Santos: Ainda há esperança em prol da tolerância

      Bandeira do orgulho trans hasteada em São Francisco, nos Estados Unidos. Foto: Flickr (CC)/torbakhopper

      Brasil segue no topo de ranking de assassinatos de pessoas trans no mundo

      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

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        (Foto por: Anna Maria Moura/ Coletivo Quariteré)

        Biblioteca comunitária dedicada à cultura africana e afro-brasileira é inaugurada em Cuiabá

        Divulgação

        Camila Pitanga estreia “Matriarquia em Processo” com primeira apresentação transmitida online direto de sua casa

        (Foto: Daryan Dornelles / Divulgação)

        Elza Soares lança single inédito, ‘Nós’, para homenagear as mulheres

        Foto: Divulgação

        Grandes cordelistas têm encontros marcados com os novos tempos, de 6 de março a 24 de abril

        Espetáculo Negra Palavra | Solano Trindade (Foto: Mariama Prieto)

        Identidades negra e indígena são tema do Palco Virtual de cênicas com leituras e espetáculos em construção de teatro e dança

        Beth Belisário (Foto: Divulgação)

        Beth Belisário, do bloco Ilú Obá de Min, abre série especial da coluna Um Certo Alguém em sinergia com a Ocupação Chiquinha Gonzaga

        Imagem 1 – Tear e poesia do fotógrafo Fernando Solidade

        Festival de Imagens Periféricas apresenta a multiplicidade cultural de São Paulo através da fotografia

        As mulheres usam a mandioca tradicionalmente para cozinhar e sabem prepará-la de várias maneiras.(Foto: TANIA LIEUW-A-SOE/CEDIDAS)

        As mulheres que cultivam mandioca no Suriname para vendê-la nos Países Baixos

        A escritora brasileira Carolina Maria de Jesus durante noite de autógrafos do lançamento de seu livro "Quarto de Despejo", em uma livraria na rua Marconi, em São Paulo (SP). (São Paulo (SP), 09.09.1960. (Foto: Acervo UH/Folhapress)

        Carolina Maria de Jesus ganha título de Doutora Honoris Causa da UFRJ

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              Nos 60 anos de ‘Quarto de despejo’, autoras da Flup escrevem à Carolina de Jesus

              Festa Literária das Periferias tem início nesta terça-feira, em edição virtual. Mais de 40 nomes, como a atriz Zezé Motta, a colunista do GLOBO Ana Paula Lisboa e as escritoras Ana Maria Gonçalves e Eliana Alves Cruz debaterão temas relacionados à homenageada

              13/05/2020
              em Mulher Negra
              6 min.

              Fonte: Por Jan Niklas, do O Globo
              Carolina Maria de Jesus autografa seu sucesso "Quarto de Despejo", durante participação no I Festival do Rio Foto: Agência O Globo

              Carolina Maria de Jesus autografa seu sucesso "Quarto de Despejo", durante participação no I Festival do Rio Foto: Agência O Globo

              Quando a escritora Conceição Evaristo leu pela primeira vez “Quarto de despejo” (1960), livro de Carolina Maria de Jesus (1914-1977), sentiu o impacto de uma novidade que mudaria sua vida: “Era como ler o cotidiano de minha família”. Se pudesse escrever hoje para a autora, talvez contasse que sua mãe, após também ser tocada pela obra sobre a rotina na favela, escreveu um diário, semelhante ao de Carolina, que a escritora mineira guarda em casa.

              — Nós conhecíamos os lixos de Belo Horizonte, e ele significava sobrevivência, assim como o lixo de São Paulo para Carolina — conta Conceição. — Ela inaugurou uma nova vertente na literatura brasileira em que o ato literário se dá como inscrição de vida, não somente uma vida particular, mas uma vida coletiva. No caso dela, trata-se de vivência de uma mulher negra e pobre que entende que sua vida merece e precisa ser escrita por ela mesma.

              Hoje, 60 anos após a primeira publicação de “Quarto de despejo”, a obra segue causando forte impacto em jovens, como teve na Conceição de vinte e poucos anos. Mas o que diriam essas novas gerações para Carolina?

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              03/03/2021

              O GLOBO selecionou quatro cartas, entre 485, de mulheres negras que se inscreveram para participar do processo de formação dedicado à obra de Carolina na Festa Literária das Periferias (Flup). Trechos delas, reais ou ficcionais, podem ser lidos nesta página.

              Realizada pela primeira vez em formato virtual, a Flup que começa hoje será toda dedicada a Carolina Maria de Jesus. Mais de 40 nomes, como a atriz Zezé Motta, a colunista do GLOBO Ana Paula Lisboa e as escritoras Ana Maria Gonçalves e Eliana Alves Cruz debaterão temas relacionados à homenageada. A abertura é às 19h, com Conceição Evaristo e Vera Eunice, filha de Carolina. As conversas podem ser vistas nas redes do evento e ficam disponíveis no canal da Flup no YouTube.

              Biógrafo de Carolina e convidado da Flup, Tom Farias destaca a atualidade da autora, um “painel vivo de denúncia social”, o que talvez explique o renovado interesse por ela:

              — Carolina não surpreende apenas pelo furor da linguagem, mas pelo ato de contadora da sua própria história, onde está subscrito, espécie de palimpsesto, a história da gente pobre brasileira.

              As cartas selecionadas

              De: Marlete Olivera *

              Marlete Olivera: ‘Hoje escrevo para todas que usam a palavra dita ou escrita para se salvar e assim salvar o mundo’ Foto: Divulgação/Cristian Dreyer

              Carta a Carolina Maria de Jesus…

              e a Maria, a Conceição, a Stella, a Iracema, a Leonice, a Maya, a bell, a Sueli, às mulheres negras, a mim.

              Hoje escrevo para todas as mulheres que me habitam, que me acolhem, que escrevem comigo a nossa história. Hoje escrevo para todas que usam a palavra dita ou escrita para se salvar e assim salvar o mundo.

              Beatriz Nascimento, uma mulher que me ensina muito, assim como você, Carolina, um dia disse que o Quilombo está dentro de nós. Minha mãe Leonice Oliveira me constituiu escrevendo em mim seus mais profundos desejos por liberdade. Minha vó Iracema Ferreira sempre me fala da importância de voltar pra casa, de saber de onde viemos. E minha bisavó Maria da Glória me mostrava isso na prática todas as vezes que insistia em fugir e voltar para a nossa terra, nossa gente, mesmo que ela nunca tenha conseguido explicar o lugar que ela almejava estar.

              Escreviver pra mim é seguir nosso legado por existência, e não deixar que contem a nossa história, é sussurrar segredos de sobre-vivência.

              Nessa carta quero te agradecer pelas muitas vezes que se negou a deixar de existir, pelas tuas palavras que ecoam em nossos corpos, pelos teus segredos que nos auxiliam na luta por existência, pelas tuas denuncias que furam nossas bolhas e nos ajudam a ver o mundo, pela tua vontade imensurável de estar estar presente ao longo das gerações, pela possibilidade de achar que posso te escrever e assim escrever para todas as mulheres negras.

              * Gaúcha, 29 anos, vive em Porto Alegre (RS) e faz mestrado em Psicologia

               


              De: Naïma Zefifene *

              Naïma Zefifene: ‘Minha bisavó era empregada doméstica e trabalhava para os colonizadores franceses na Argélia’ Foto: Divulgação

              Querida Carolina Maria de Jesus,

              Posso chamar a senhora de “você”? É verdade que não te conheço, mas ainda assim você faz parte da minha família. Essa família que a gente cria, sabe? Quer dizer, te coloco na minha árvore genealógica porque você é uma das nossas. Ou melhor dizendo, nós viemos suas filhas.

              Minha bisavó era empregada doméstica e trabalhava para os colonizadores franceses na Argélia. Ela faleceu de um infarto na casa do patrão, deixando minha avó órfã. Esta, por sua vez, passou a vestir o uniforme de empregada. A tragédia da nossa família constava ali. O legado da família era estar a serviço dos outros.

              Após a guerra pela independência do país, o exílio conduziu minha avó e seu esposo para o outro lado do mar, nas terras do colonizador. (…) Alguns anos depois nasceram minha mãe e seus quatro irmãos. Minha mãe queria ser artista, estilista, sei lá… Ela, muito atrevida, cometeu o grande pecado de desejar o que é proibido a nós, pobres, mulheres, pretas, indígenas, imigrantes… Ela tinha um sonho!

              Mas logo que eu cheguei, meu pai meteu o pé. Péssima sintonia, né, Carolina? Isso te soa familiar? Você, que sacrificou muito, que sacrificou tudo, em nome de seus filhos. Você que silenciou a mulher, e a criança que sonhava ser atriz e cantora. Minha mãe não teve seu talento, ou sua coragem. Ela não escrevia nos cadernos esquecidos pelos clientes dos hotéis onde trabalhava. (…)

              Você é minha tia da América. Ao abrir “Quarto de despejo”, me encontrei na sua visão de mundo, na sua coragem, na sua prosa. (…) Você jogou na cara da sociedade o fato de que nosso legado poderia, enfim, ser outro, e não apenas estar a serviço dos outros.

              * Francesa, 38 anos, vive em Paris e é mestre em Gestão Cultural

               


              De: Luana Galoni Pereira*

              Luana, uma das participantes da Flup que escreveram cartas para Carolina Maria de Jesus Foto: Divulgação

              Oi dona Carolina,

              Gostei muito do seu livro, nem parece os livros da escola que a gente lê e não entende nada, o seu eu entendi tudinho. Lá a senhora escreveu que a Vera não tinha sapato, eu também não. Todos os sapatos que tive vieram dos sacos de doação, mas nunca são sapatos bons, sempre um número a menos ou a mais. Eu calço 37, mas uso o que vem no saco. As pessoas dizem que doam por amor, mas só doam o que elas não querem.

              Eu penso assim, o que a gente não quer, a gente joga no lixo. Será que o amor delas é lixo? Teve uma aula que a Heloísa, professora aqui do CENSE, falou sobre a escravidão, falou que só os escravos livres usavam sapatos. Eu fiquei com vontade de chorar, porque nesse dia eu tava com um chinelo que preguei com prego, e, às vezes eu pisava errado e me furava. Dona Carolina, eu não tenho sapatos e agora também não tenho liberdade. Será que sou que nem os escravos?

              Eu tô escrevendo essa carta porque a Heloísa passou um dever pra escrever uma carta pra senhora, eu gosto da Heloísa, ela tem cabelo duro que nem o meu, mas é um duro diferente. Eu não sei o que ela faz com ele que fica duro diferente, o meu é só duro mesmo. Minha mãe antes de morrer dizia que eu ia ser professora, ela morreu de Aids, eu achava que a gente só morria de ser velho e de tiro. Aí quando ela morreu eu descobri que a gente morre até do que não sabe.

              Ah, meu nome é Sara, tenho 15 quase 16. Vim pra cá porque tive fome e roubei. Não dei sorte, me pegaram. (…) Seu livro é muito bonito dona Carolina, acho que a senhora devia ser bonita também, vou pedir pra Heloísa me mostrar uma foto sem as meninas saberem.

              *Fluminense, 24 anos, vive em Seropédica (RJ) e faz mestrado em Psicologia

               


              De: Ingrid de Paula*

              A autora Ingrid de Paula Foto: Divulgação

              Querida Bitita,

              Amanheci triste, pois percebi que também sou poetisa, e excesso de imaginação é demasiado. O mundo que os poetas criam é melhor, justamente porque ele não existe.

              Imagino tanto que minha cabeça avoa por aí, a cabeça vira um par de asas quebradas. Um poeta não pode ser inteiro.

              Me avoei pensando em nós duas, sentadas na varanda tomando café, e falando mal, mas bem mal dos desgovernantes do nosso país, no final você cantava um sambinha sobre a vida infausta dos favelados, e nós discutíamos sobre Platão e Aristóteles.

              Carolina, lembro-me daquilo que disse naquela tarde: “Eu estou ao lado do pobre, que é o braço. Braço desnutrido. Precisamos livrar o país dos políticos açambarcadores”.

              Mas Bitita, o braço do pobre está cada vez mais desnutrido, mais faminto por uma justiça que nunca veio e está fraco. “E tudo que está fraco morre um dia.”

              Temo por eles, como pode o braço fraco do Brasil carregar o país nas costas? Você prossegue com seu ensinamento: “Quem deve dirigir é quem tem capacidade. Quem tem dó e amizade ao povo. Quem governa o nosso país é quem tem dinheiro, quem não sabe o que é fome, a dor, e a aflição do pobre.”

              Ainda são tempos sombrios, minha cara amiga. Estamos a 17 passos do suicídio estampado de verde-amarelo-sangue.

              Em nome de tudo isso, poetizamos.

              Estou com saudade de nosso café.

              * Mineira, 21 anos, vive em Belo Horizonte (MG) e estuda Letras

              links livros 5/5/20 

              Tags: Carolina Maria de JesusLiteraturaliteratura negra
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              • No próximo dia 07 de março, às 19h, Camila Pitanga (@caiapitanga) estreia “Matriarquia em Processo”, espetáculo solocom transmissão online dentro da plataforma“ #emcasacomosesc”, do Sesc São Paulo (@sescsp). Criado por Camila, pela preparadora vocal Lucia Gayotto, pela dramaturga e roteirista Dione Carlose pela diretora Cristina Moura, Matriarquia é um encontro de mulheres e é deste encontro – ou “sistema social liderado por mulheres” – que o trabalho surge. “Matriarquia é sobre o encontro dessas mulheres, é sobre o meu encontro com minhas vivências e percepções, bem como minha experiência neste mundo que atravessa uma pandemia”, explica Camila.
              • A seção Coletiva Negras que Movem (@negrasquemovem), integrada à área colaborativa “Guest Post”, volta em 2021 com artigos de integrantes do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras: Marielle Franco, do Fundo Baobá (@fundobaoba). Confira um trecho do artigo da Clara Marinho Pereira"No contexto da pandemia provocada pelo novo coronavírus, o conjunto desses desafios tem se agravado, renovando em bases ainda mais complexas o desafio de lutar por um padrão civilizatório em que a interseccionalidade seja vista como ponto de partida incontornável da ação estatal e social, e não como mero recorte." Leia o artigo completo em: www.geledes.org.br
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              • Março por Marielle: Instituto lança Agenda Colaborativa com ações que denunciam 3 anos de impunidade O Instituto Marielle Franco (@institutomariellefranco), criado pela família da vereadora, abriu um chamado para ONG’s,  coletivos, associações, sindicatos e indivíduos que queiram participar da Agenda Colaborativa de  Ações. A atividade faz parte da programação do #MarçoPorMarielleEAnderson – movimento  criado pelo Instituto para lembrar o crime ocorrido em 14 de março de 2018.   📷Reprodução/Facebook
              • #Repost @amnboficial • • • • • • Março chegou! E com ele, o nosso Março de Lutas! O Março de Lutas é uma agenda coletiva para reafirmar a resistência negra no Brasil. O objetivo é que as mulheres negras brasileiras protagonizem uma chamada para compartilhar práticas, experiências e viabilizar denúncias que fortaleçam o enfrentamento ao racismo, ao patriarcado, sexismo e LBTfobia que impactam a vida das pessoas negras, especialmente as mulheres. #MarçodeLutas é a forma de celebrar o legado dos homens e mulheres negras que morreram lutando pela humanidade, cidadania e direitos reconhecidos e assegurados para a população negra. É uma ação que vai reafirmar a denúncia contra as violações de direitos humanos protagonizadas pelo Estado brasileiro, bem como, visa reforçar os debates sobre a importância da vida das mulheres negras no que diz respeito ao enfrentamento a violência doméstica, o feminicídio, o racismo religioso e a violência política política intensificadas pelo contexto da pandemia da Covid-19 no Brasil. Acesse o nosso site: amnb.org.br/marcodelutas
              • A coluna Um Certo Alguém, do site do Itaú Cultural (@itaucultural) , abre o mês de março com uma série de cinco edições que tem como convidadas artistas que narram textos da dramaturga Maria Shu na Ocupação Chiquinha Gonzaga, em cartaz na organização. No dia 4, quinta-feira, a estreia acontece com a participação de Beth Belisário, presidente do Bloco Afro Ilú Obá de Min, sediado na capital paulista, fundado por ela e a também percussionista Adriana Aragão.
              • #Repost @midianinja • • • • • @portalgeledes e @midianinja divulgam Retratos da Pandemia Série traz histórias de como os moradores das periferias estão enfrentando a batalha contra a covid-19. São relatos que capturam a humanização do cuidado, a solidariedade e a organização nas comunidades em prol dos mais afetados pela doença infecciosa. Video: @mariasylvia.oliveira #retratosdapandemia
              • Para abrir o mês de março, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Ivangilda Bispo dos Santos, que nos convida a pensar sobre as resistências de intelectuais negros à colonização portuguesa em Moçambique. Confira um trecho do artigo do artigo"Reações ao mito da democracia racial no contexto moçambicano (Sec.XX)"."Entre os combatentes ao mito da democracia racial, podemos mencionar, além de Eduardo Mondlane, o gôes Aquino de Bragança e os angolanos Mário Pinto de Andrade e Agostinho Neto. Interessante notar que todas as pessoas africanas mencionadas acima eram consideradas pelo governo colonial “assimiladas” à cultura portuguesa. No entanto, tal enquadramento não lhes garantia a igualdade de oportunidades e de tratamento, fator poderoso para a contestação da situação colonial e da discriminação racial vigente". Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Moçambique #ResistênciaIntelectualNegra #ColonizaçãoPortuguesaEmÁfrica #Antirracismo #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
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