O presidente dos Estados Unidos Barack Obama, vai lançar proposta para a redução do déficit norte-americano de longo prazo ainda nesta semana, disse o conselheiro David Plouffe neste domingo. Em meio à pior crise política de seu mandato, Obama vai analisar o Medicare e o Medicaid, programas de saúde do governo para os idosos e os pobres, para “ver que tipo de economia” é possível, disse Plouffe ao programa Meet the Press, do canal NBC.
Um oficial da Casa Branca disse que o discurso de Obama deve acontecer na quarta-feira. Obama e os líderes do Congresso norte-americano chegaram a um acordo na semana passada em torno do orçamento que evitou a paralisação do governo. O acordo, porém, abriu caminho para um corte maior nos gastos.
Acordo forçado
Obama e os líderes do congresso norte-americano chegaram a um acordo de última hora em torno do Orçamento, na noite de sexta-feira, que evitou a paralisação do governo. Faltando pouco tempo para a meia-noite, quando vencia o prazo para a decisão, Democratas e Republicanos chegaram a um compromisso em torno de um plano para cortar US$ 37,8 bilhões em gastos até o fim do ano fiscal.
Para evitar a paralisação do governo até a votação do acordo, eles aprovaram também um fundo provisório de sete dias para manter as agências federais funcionando na próxima semana até que o entendimento entre os dois partidos seja formalizado. O acordo para o restante do ano fiscal, fechado após dias de negociações tensas, vai gerar o maior corte doméstico de despesas na história dos Estados Unidos. É uma vitória dos republicanos, que conquistaram o controle da Casa dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) em novembro passado.
O Goldman Sachs havia estimado que uma eventual paralisação do governo dos EUA por mais de uma semana poderia custar à economia US$ 8 bilhões.
– Como em qualquer compromisso que valha a pena, ambos os lados tiveram de tomar decisões duras e ceder em temas que eram importantes a eles – declarou o presidente Obama.
O porta-voz da Casa dos Representantes, John Boehner, disse aos jornalistas que os lados chegaram a “um acordo que vai, de fato, cortar os gastos e manter o governo funcionando”.
Fonte: Correio do Brasil