Obesidade infantil: OPAS recomenda incentivo à amamentação e impostos sobre junk-food

No início deste mês, o 53º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) aprovou o Plano de Ação para Prevenção da Obesidade em Crianças e Adolescentes. O documento define quatro linhas de ações principais para ajudar os países a reduzir a obesidade infanto-juvenil: incentivo à amamentação, alimentos melhores e mais atividades físicas nas escolas, impostos sobre junk-food e restrições de publicidade e maior acesso a espaços recreativos e alimentos nutritivos.

No que diz respeito à comunicação mercadológica, os objetivos são sancionar regulamentações para proteger crianças e adolescentes do impacto da publicidade de bebidas açucaradas, produtos energéticos com poucos nutrientes e fast-foods e instituir normas para a rotulagem na frente da embalagem para facilitar a rápida identificação de alimentos não saudáveis.

Veja também:

Um dos argumentos apresentados pelo documento para a regulamentação é que as crianças são incapazes de discernir a intenção persuasiva da publicidade de alimentos e bebidas com baixo valor nutricional, que estão associadas ao risco de sobrepeso e obesidade infantil. O documento também coloca que, como essas campanhas promocionais fogem ao controle dos pais, representam uma questão ética e de direitos humanos.

Em 2012, a OPAS publicou um documento com as Recomendações da Consulta de Especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde sobre a Promoção e a Publicidade de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas para Crianças nas Américas, que contou com contribuições do projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana. Dentre as principais recomendações desse documento estão as seguintes medidas: adotar como objetivo a política de reduzir a exposição infantil à promoção e à publicidade de alimentos com elevado teor de gordura, açúcar ou sal, com a meta de diminuir os riscos à saúde das crianças e designar um órgão para monitorar, utilizando um conjunto uniforme de indicadores, os efeitos e a eficácia das políticas sobre a exposição de crianças à promoção e à publicidade.

 

Fonte: EBC

+ sobre o tema

Edital seleciona artistas brasileirxs para ilustrar relatório que será apresentado na ONU

Divulgar artistas brasileiros/as que abordam temas relacionados a direitos...

RJ: concursos terão cota para negros e índios

20% das vagas oferecidas na cidade do Rio de...

Ministério Público solta nota de repúdio contra Reinaldo Azevedo

Associação Paulista do Ministério Público, entidade que representa promotores...

para lembrar

‘O teste de câncer de próstata que salvou minha vida’

"Então, é câncer." Por Ben Stiller Do Brasil Post Sem deixar a peteca...

COVID-19: crises de ansiedade afetaram 63% dos jovens no último semestre

Foi publicada nesta terça-feira (27) a pesquisa “Juventudes e...

Mulheres indígenas criam agência de notícias

A comunicação tem se mostrado um campo de batalha...

Principais concursos públicos têm 12.568 vagas; pagam até R$ 11,2 mil

  Nesta segunda-feira (5), os 20 principais concursos públicos oferecem 12.568...
spot_imgspot_img

Comissão Arns apresenta à ONU relatório com recomendações para resgatar os direitos das mulheres em situação de rua

Na última quarta-feira (24/04), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns, em parceria com o Movimento Nacional...

Estudo relata violência contra jornalistas e comunicadores na Amazônia

Alertar a sociedade sobre a relação de crimes contra o meio ambiente e a violência contra jornalistas na Amazônia é o objetivo do estudo Fronteiras da Informação...

Brasil registrou 3,4 milhões de possíveis violações de direitos humanos em 2023, diz relatório da Anistia Internacional

Um relatório global divulgado nesta quarta-feira (24) pela Anistia Internacional, com dados de 156 países, revela que o Brasil registrou mais de 3,4 milhões...
-+=