Organização africana quer fim da impunidade na Guiné-Bissau

Fonte: Lusa Agência de Notícias –

Bissau, 22 jun (Lusa) – A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) quer acabar com a impunidade na Guiné-Bissau e pediu rapidez nas investigações aos assassinatos do presidente guineense e do chefe das Forças Armadas, ocorridos em março.

“Para acabar com a atmosfera de impunidade depois dos assassínios e outros incidentes similares, os chefes de Estado e de Governo pedem à comissão da Cedeao e à União Africana, com a assistência técnica da União Europeia, para acelerarem as investigações, restaurar o respeito pela justiça e ajudar à criação de uma atmosfera para a reconciliação nacional”, afirma o comunicado final da 36ª cúpula ordinária da Cedeao.

“Além disso, apelam aos membros dos serviços de segurança para tomarem as medidas necessárias para criar uma atmosfera de paz que garanta as eleições de 28 de junho decorram de forma livre, transparente e credível”, salienta o documento de conclusões da reunião realizada nesta segunda-feira em Abuja, Nigéria.

 

Ajuda

 

A Cedeao anunciou o pagamento de três meses de salários em atraso às Forças Armadas guineenses.

O anúncio, que se destina a facilitar a realização das eleições presidenciais antecipadas do próximo dia 28, foi feito pelo chefe de Estado nigeriano, Umaru Yar’Adua, presidente em exercício da Cedeao.

Yar’Adua fez um apelo para a realização de uma conferência de doadores depois das presidenciais.

A reunião da Cedeao contou com a presença do presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, e o chefe interino de Estado-Maior Forças Armadas, Zamora Induta.

A Guiné-Bissau vai realizar eleições presidenciais antecipadas no próximo dia 28, após o assassinato do presidente João Bernardo Nino Vieira, em 2 de março, horas depois do chefe das Forças Armadas ter sido morto num ataque à bomba.

Em 5 de junho, a Direção-geral dos Serviços de Informação de Estado anunciou que as forças de segurança tinham impedido um golpe de Estado no país e que foram mortas quatro pessoas, incluindo dois ex-ministros, e detidas outras quatro.

 

Matéria original: Organização africana quer fim da impunidade na Guiné-Bissau

 

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