Representantes do Centro de Direitos Humanos (CDH) de Londrina e do Movimento Negro acompanharam, do lado de fora, a audiência de conciliação realizada nesta sexta-feira (10). O encontro entre o professor Valdecido Pereira da Silva e o policial Paulo Valério foi rápido e terminou sem acordo entre as partes.
O docente contou que estava na fila de um caixa eletrônico que funciona dentro de um supermercado de Londrina, quando o policial suspeitou que ele estaria roubando a senha bancária. Silva chegou a ser preso. Ele foi levado ao 1º Distrito Policial. Nesta sexta-feira, ele reafirmou que houve agressão física, mas só depois que o acusado cometeu o crime de racismo. “Ele falou que eu queria olhar a senha dele e me chamou de preto vagabundo”, contou em entrevista à rádio CBN Londrina.
Na audiência, o policial esperava que o professor admitisse que houve agressão física. O acusado pretendia fazer um acordo com Silva, mas não obteve sucesso. Ele deixou o prédio do Fórum pelos fundos, sem conceder entrevistas.
O professor também levou o caso ao Ministério Público, mas até agora o processo não foi aberto. Segundo movimentos ligados à igualdade racial, o caso do professor fez com que outras cinco pessoas denunciassem crimes de racismo.
A próxima audiência envolvendo a denúncia do professor ainda não foi agendada.
Fonte: Bonde